Pescar é enfrentar saudáveis desafios, é fazer amizades, é conhecer novos lugares e abrir novos horizontes. É conviver com a natureza. É ser companheiro.

sábado, 14 de julho de 2012

Sargos marcados - Costa Vicentina


Se capturar um exemplar marcado de uma destas espécies, por favor comunique o facto para um dos números indicados, bem como as referências solicitadas  e, se possível, liberte-o. Todos agradecemos, e o mar também! 

terça-feira, 19 de junho de 2012

Tubarão no Tejo - A bordo do Santa Teresa - Junho de 2012


Tubarão na praia de Santo Amaro de Oeiras
Autor: Fernando Schedel


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Agulha dupla de fabrico caseiro para iscagem

Utensílio de fabrico caseiro que nem todos conhecem, é há muito utilizado por pescadores de mais idade (e experiência) ,  que facilita bastante a iscagem de iscas moles, como o camarão congelado, a ameijoa, mexilhão, canivetes, etc, que ficam com um aspecto quase perfeito e muito atraente para o peixe.
Fotos e texto: Pescacaxina (Fórum Katembe)
Clique sff nas imagens para as ver em tamanho maior

terça-feira, 5 de junho de 2012

Lula gigante encontrada por pescadores de Big Game

Al McGlasham é um entusiasta de Big Game e na passada sexta-feira, dia 2 de Maio, mais uma vez se fez ao mar em busca de espadartes e atuns, na companhia dos seus amigos Justin Lewis, Phil Bolton e de uma equipa de filmagens. Quando se encontravam a cerca de 30 milhas do porto de Jervis Bay (New South Wales) encontraram a boiar uma lula gigante ainda fresca, com sinais de estar morta há muito pouco tempo.

“Já fiz mais de 200 saídas de pesca nestas águas e nunca vi nada assim, é inacreditável”, afirmou Al em entrevista.

 

De facto trata-se de uma descoberta raríssima: todas as lulas gigantes já encontradas ( e são muito raras as descobertas) estão sempre em avançado estado de decomposição, exalando cheiros nauseabundos e sem cor (apenas a cor branca) – mas neste caso a lula gigante estava fresca, sem cheiros e com uma magnífica e brilhante cor de laranja, sinal de que teria morrido pouco tempo antes, possivelmente morta por um cachalote,  espécie abundante naquelas águas e o único predador das lulas gigantes ( a falta de parte dos tentáculos e outros ferimentos mostra que terá havido uma luta entre gigantes). Os cachalotes são mais pesados que as lulas e muito mais rápidos que estas, por isso, normalmente, vencem estas lutas de gigantes.

A equipa de filmagem conseguiu imagens de um tubarão que, indiferente ao movimento do barco e das câmaras, se foi banqueteando com os restos da lula.


Os pescadores recolheram amostras de tecido para estudo, o bico que foi oferecido a um museu e deixaram o resto para o tubarão azul e restantes oportunistas.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Algumas questões apresentadas à DGPA e respectivas respostas

As perguntas apresentadas no presente documento resultam da adaptação e resumo de perguntas apresentadas à DGPA. As respostas apresentadas são o resultado da consulta, por parte de técnicos da DGPA da legislação aplicável, tendo sido consolidadas com as entidades responsáveis pela fiscalização do sector, não constituindo, no entanto, qualquer interpretação dos textos legais, nem substituindo, para qualquer efeito, a consulta dos mesmos.

P- Que tipo de artes de pesca podem ser utilizadas na pesca lúdica apeada?
 
R- Na pesca apeada pode ser utilizada a linha de mão, cana de pesca, e a toneira, podendo ainda ser praticado o corrico ou corripo, ou seja, pode ser lançada a chumbada e respectivos anzóis e recolhidos lentamente, de forma a que a pesca se realiza como consequência do movimento de recolha do aparelho (cfr artigo 3º, nº 1, da Portaria 868/2006).

P - Que tipo de artes de pesca podem ser utilizadas na pesca lúdica a partir de embarcação?
 
R - Na pesca lúdica a partir de embarcação podem ser utilizadas a linha de mão, cana de pesca e a toneira, podendo ainda ser praticado o corrico ou corripo (cfr artigo 3º, nº 1, da Portaria 868/2006).

P - Que tipo de equipamento de pesca pode ser utilizado na pesca submarina?
 
R - Na pesca submarina podem ser utilizados instrumento de mão ou de arremesso, desde que a respectiva força propulsora não seja devida a poder detonante resultante de substância química ou a gás artificialmente comprimido.
 
P - Que tipo de equipamento ou artes de pesca podem ser utilizado na apanha lúdica?
 
R - Na apanha lúdica, tratando-se de uma actividade que não carece de qualquer licença para o seu exercício, não podem ser utilizados quaisquer tipos de artes de pesca ou utensílios. Os especimens apenas podem ser apanhados com a mão (cfr artigo 3, nº 2, da Portaria 868/2006).

P - Na apanha lúdica pode ser utilizada uma faca para a apanha de perceves ou lapas?
 
R - Não. A apanha lúdica só pode ser exercida manualmente, não permitindo a legislação a utilização de quaisquer utensílios, como a faca ou quaisquer outros (cfr artigo 3º, nº 2 da Portaria 868/2006).

P - Na pesca lúdica podem utilizar-se anzóis triplos, tipo fateixa?
 
R – Sim, exclusivamente em amostras, utilizadas no corrico ou corripo, nas quais é permitida a utilização deste tipo de anzóis. Nas restantes situações, apenas podem ser utilizados até três anzóis simples por linha de pesca (cfr artigo 2, alínea a) a c), da Portaria 868/2006).
 
P - Podem utilizar-se três anzóis simples soldados entre sí e iscados, para a captura de polvo?
 
R - Não. Na pesca com linha de mão ou com cana de pesca apenas podem ser utilizados anzóis simples, não sendo, portanto, permitida a utilização de três anzóis soldados entre si, o que corresponde a um tipo de anzol conhecido como fateixa. A utilização deste tipo de anzol (fateixa) apenas è permitido na pesca com corripo ou corrico, acoplado a amostras, as quais são rebocadas à superfície ou subsuperfície, não permitindo, portanto, a pesca de polvo.
 
P - Podem utilizar-se toneiras nas quais a coroa de anzóis possui barbela?
 
R - Não. Para efeitos da pesca lúdica, as toneiras são constituídas por uma linha de mão e por um lastro com forma fusiforme, podendo ainda ter acopladas até três bóias fusiformes, geralmente designadas por palhaços, tendo ambos os apetrechos (quer o lastro, quer as bóias) na extremidade inferior uma coroa de anzóis sem barbela, não podendo, portanto, ser utilizados anzóis com barbela neste aparelho de pesca(cfr artigo 2º, alínea d), da Portaria 868/2006).

P - Podem utilizar-se carretos eléctricos na pesca lúdica?
 
R - Sim. Nos termos da regulamentação da pesca lúdica, é permitida a utilização de carretos acoplados a canas de pesca, não se estabelecendo qualquer limitação ao tipo de carreto ou cana de pesca a utilizar (cfr artigo 2º, alínea b), da Portaria 868/2006).
 
P – Qual a pesca eléctrica que está interdita pela Portaria 868/2006?
 
R – Nos termos da Portaria 868/2006, de 29 de Agosto, está interdita a pesca eléctrica, ou seja, a pesca utilizando a corrente eléctrica como meio de captura do pescado. Esta pesca pratica-se estabelecendo uma corrente eléctrica entre dois pontos, dentro de água, de forma a que o peixe, por força dessa corrente eléctrica, é encaminhado para determinado local onde é capturado.
 
P - Podem utilizar-se sardinha esmagada como isco na pesca lúdica?
 
R - Sim. Na pesca lúdica podem ser utilizados iscos naturais ou artificiais, desde que não sejam constituídos por ovas de peixe ou por substâncias passíveis de provocar danos ambientais, nomeadamente substâncias venenosas ou tóxicas ou explosivos (cfr artigo 4º da Portaria 868/2006).
 
P - Para manutenção do peixe vivo, podem utilizar-se na pesca lúdica de mar mangas de rede (nylon, algodão ou metálicas) que fiquem parcialmente submersas na proximidade do local onde se esteja a efectuar a pesca?
 
R – Sim. Não se tratando de artes de pesca ou utensílios que permitam a captura de pescado, nada existe na regulamentação em vigor que interdite a sua utilização, razão pela qual se considera que a mesma não está interdita. Estes equipamentos, vulgarmente utilizados na pesca lúdica e em competições de pesca desportiva, permitem a manutenção do peixe vivo para que possa ser devolvido ao mar nas melhores condições, no final da pescaria.
 
P - Pode utilizar-se um chalavar para ajudar no levantamento do peixe quando este está preso no anzol?
 
R - Sim. Não se tratando de uma artes de pesca ou utensílios que, pela sua acção, permita a captura de pescado, mas apenas de um equipamento destinado a auxiliar a recolha e levantamento do peixe depois de o mesmo estar preso na linha de pesca, nada existe na regulamentação em vigor que interdite a sua utilização, razão pela qual se considera que a mesma não está interdita.
 
P - Podem utilizar-se fontes luminosas como chamariz do pescado, estando a pescar com cana de pesca ou linha de mão (com anzóis)?
 
R - Não. Apenas poderá utilizar fontes luminosas como chamariz na pesca com toneira, ou como indicadores de bóias (cfr artigo 3º, nº 4, da Portaria 868/2006). A sua utilização como chamariz na pesca com outras artes distintas da toneira constitui contra-ordenação punível com coima de 250 a 2493 euros (cfr artigo 14º, nº 2, alínea b), do Decreto Lei 246/2000).
 
P – Qual o número de canas de pesca que posso utilizar na pesca apeada?
 
R – Cada titular de licença de pesca lúdica pode utilizar até três linhas ou canas de pesca, podendo, em cada linha ou cana utilizar até três anzóis (cfr art 9 do Decreto Lei 246/2000, na redacção dada pelo Decreto Lei 112/2005).
 
P – Estando a exercer pesca submarina, pode-se utilizar uma lanterna, para efeitos de segurança?
 
R - Sim, com limitações. A interdição de fontes luminosas referidas no nº 4 do artigo 3 da Portaria 868/2006, sob o título “Artes”, diz respeito à utilização dessa mesma fonte luminosa para efeitos de atracção do pescado. No caso em apreço, e tendo em conta que a Portaria 868/2006 é essencialmente um regulamento da pesca lúdica apeada e a bordo de embarcação (com cana e linha de mão) e que por força do artigo 15 também se aplica à pesca submarina, com as necessárias adaptações, deve considerar-se que o referido artigo não se pode aplicar à utilização da lanterna na pesca submarina, visto que se trata de um equipamento que é utilizado por uma questão de segurança quando a pesca submarina se desenvolve em zonas de menor visibilidade. No entanto, não pode utilizar uma lanterna como forma de atracção do pescado, situação que em principio não se verifica na pesca submarina dado que esta actividade não se pode desenvolver entre o pôr e o nascer do sol.
 
P – Na pesca lúdica apeada pode utilizar-se uma rabeca (espécie de cesto utilizado em falésias (ver fig ), para efectuar o transporte do peixe desde a água até à mão do pescador?
 
R - Sim. Não se tratando de uma artes de pesca ou utensílios que, pela sua acção, permita a captura de pescado, mas apenas de um equipamento destinado a auxiliar a recolha e levantamento do peixe depois de o mesmo estar preso na linha de pesca, nada existe na regulamentação em vigor que interdite a sua utilização, razão pela qual se considera que a mesma não está interdita.
 
P – Pode ser utilizada a arte de pesca da imagem em anexo (fig 1 e 2), para a pesca de polvo?
 
Fig 1 e 2

R – Sim. Tratando-se de uma linha, apesar de mais grossa que as habitualmente utilizadas na pesca, à qual estão acoplados três anzóis separados, e tendo em conta a definição de linha de pesca constante do Portaria 868/2006, trata-se de uma configuração de “linha de mão” que não contraria a definição legal, pelo que nada existe na regulamentação em vigor que impeça a sua utilização na pesca de polvo, devendo ser respeitadas as regras em vigor no que diz respeito a tamanho mínimo (maior ou igual a 750 gramas) e quantidades máximas diárias (10 kgs não contabilizando o exemplar maior).

P – Pode ser utilizada uma cana, com linha de pesca e sem anzóis, (ver Fig 3 e 4) para a pesca de caranguejo ou polvo, bem como um chalavar para a recolha dos exemplares depois de presos à linha, por titulares de licença de pesca lúdica, na zona entre marés?

Fig 3 e 4
 
R – Sim. Tratando-se de uma cana, à qual é fixado o isco, através de uma linha, sem que seja utilizado qualquer anzol, e tendo em conta a definição de linha de pesca constante do Portaria 868/2006, trata-se de uma configuração de “linha de mão” que não contraria a definição legal, dado que ao referir-se “até três anzóis”, nada impede que não seja utilizado qualquer anzol, e como tal, nada existe na regulamentação em vigor que impeça a sua utilização na pesca de polvo, devendo ser respeitadas as regras em vigor no que diz respeito a tamanho mínimo (maior ou igual a 750 gramas) e quantidades máximas diárias (10 kgs não contabilizando o exemplar maior). No que se refere à utilização do chalavar, destinando-se o mesmo ao levantamento de exemplares que estão presos no aparelho referido, mantêm-se o referido na pergunta/resposta nº 12.

P - Se estiver a praticar pesca lúdica durante dois dias, posso capturar 20 quilogramas de pescado sem contabilizar o exemplar maior?

R - Não. O limite máximo de captura de pescado é de 10 quilogramas, sem contabilizar o exemplar maior (nº 1 do artigo 11 da Portaria nº 144/2009), não podendo continuar a pescar, caso atinja esse limite (nº 4 do artigo 11 da citada Portaria), pelo que, mesmo que esteja mais do que um dia em actividade de pesca lúdica, ao atingir o limite de 10 quilogramas, não contabilizando o exemplar maior, não poderá continuar a pescar.

Fonte: DGPA

Nota: A designação DGPA - Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura foi alterada para DGRM - Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos. A DGRM é um serviço central da administração directa do estado, dotado de autonomia administrativa que tem por missão a execução de políticas de pesca, da aquicultura, da indústria transformadora e de outras com ela conexas, a coordenação, programação e execução, em articulação com os demais serviços, organismos e entidades, da fiscalização e controlo da pesca marítima, da aquicultura e das actividades conexas, no âmbito da política de gestão e conservação de recursos, bem como a certificação profissional do sector das pescas, sendo o serviço investido nas funções de autoridade nacional da pesca.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

KATEMBE - a original (2)

Catembe (ou Katembe) é uma localidade moçambicana situada na baía do Espírito Santo (Delagoa Bay) no lado oposto à cidade de Maputo. É um dos cinco postos administrativos que formam o distrito de Missevene na província de Maputo, a sul da província de Gaza. A região administrativa tem uma extensão de 430 km2 com cerca de 7.500 habitantes.

Depois da 1ª série de fotos aqui publicada em 2011 (Katembe - a Original) deixamos agora uma 2ª série, estas tiradas já neste mês de Maio de 2012.

clique nas fotos para as ver num tamanho maior










Fotos: Ilica

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Salvamento de golfinhos na praia

Vídeo espectacular e inédito com o salvamento de alguns golfinhos numa praia


segunda-feira, 16 de abril de 2012

O enjôo de barco !


Como todos sabemos, o medo do enjôo marítimo é o que faz com que muitos pescadores se recusem a pôr um pé que seja dentro dum barco, por muito promissoras que sejam as pescarias. A ciência não conseguiu até hoje encontrar uma solução 100% eficaz para este mal, mas há truques que podem ajudar a preveni-lo ou mesmo a evitá-lo. Clique sff na imagem acima para saber mais.


sábado, 31 de março de 2012

Corvina 36 kgs - Praia de Santa Cruz

Uma corvina com 36 kgs tirada com mestria na Praia de Santa Cruz

segunda-feira, 26 de março de 2012

Robalos numa tarde de Verão

Para comemorar a abertura da primeira loja dedicada à pesca de kayak, lá fomos molhar as máquinas - eu, o Hugo Dias, o Rui Pequeno, o João Silva, o José Rodrigues e o mais recente membro, Márcio Monteiro, que foi só ver para aprender.

O Tempo não podia estar melhor, calor e um final de tarde com vento zero, uma maravilha.

Quanto ao peixe........é mais do mesmo, alguns robalos para fazer o gosto ao dedo.






Foi mais uma saída de alguns membros da Tribo FishYak.
Fotos e texto: Rui Carvalho

sábado, 17 de março de 2012

Amostras de silicone - faça você mesmo

Com um pouco de paciência e um investimento mínimo pode fazer com facilidade as amostras de silicone de que necessita para as suas pescarias.

Clique na imagem para ver como!

sábado, 10 de março de 2012

Nó snell vs. trilene em anzol de argola


No domingo dia 4, apesar de só ter apanhado um parguete de kilo e meio e de também ter saído outro de 4 kgs a um amigo convidado, em vez do costumeiro “relatório” da pescaria, conto-vos um problema que me encucou a moina durante bastante tempo; por vezes nas pescarias que fazemos detectamos situações que nos deixam baralhados por não encontrarmos razão para o sucedido.

Foi o caso de, em tempos, ter perdido alguns pargos e não ter conseguido encontrar explicação para isso.

Foi então que reparei no seguinte: nalguns anzóis 5-6/0 de argola em que costumava usar o nó snell, excelente nó para os anzóis de pata ( e que continuo a usar nestes) e que depois fazia passar pela argola, deixando-me encantado com o resultado.


Como disse, após alguns bichos perdidos acabei por detectar o busílis.
As argolas da maioria destes anzóis, apresenta o ponto de união bastante cortante como se vê a seguir. O nó mesmo bastante apertado resvala até encontrar exactamente a união cortante. E se os puxões são “daqueles” não há hipótese, corta logo o fio e vai-se o menino.
Acabei por mudar, neste caso, para o supra dos nós, o trilene com um pequeno acrescento que a mim me deixa mais satisfeito.
Na parte final, após entrar nas duas laçadas que entram na argola do anzol, vem ainda passar pelo laço da linha ficando assim como a imagem apresenta. Não se corta rente e é como eu uso sempre.


E aqui fica pois o alerta para quando a linha parte no anzol de argola, empatado com nó snell epassando ou não pela argola.


Texto: João Arietti
Fotos: Paulo Cardoso

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Um robalo de peso...

As baixas temperaturas sentidas nos últimos dias têm sido um impedimento para umas nocturnas, porque o mar tem-se apresentado calmo (até demais). Acabado de sair das aulas, cheguei ao pesqueiro eram 19:00h.

Enquanto montava a cana, fisgava um zona de pedra onde o mar estava a “trabalhar” bem. Cheguei ao pesqueiro e estava fenomenal, daqueles dias onde pensamos que tem de andar por aqui algum peixe. Mas não andava, lançamento atrás de lançamento……… toques atrás de toques e nem um peixe, comecei a desanimar. Mudo de sítio para uma praia longa, com baixos e cheia de areia (para alguns não há peixe em praias de areia. Vá-se lá saber porquê!

Começo a bater a praia, lançamentos curtos, lançamentos longos e não havia maneira de conseguir enganar um labrax. Vem-me ao pensamento ligar ao Rui “Urubu” e fazer uma pausa, quando uma onda maior se forma. Eu, apesar de estar de fato, não me quis molhar e corri para trás deixando a amostra dentro de água. Sem prever estico a linha, dou duas maniveladas e tzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz!



Finalmente, um robalote. Como o peixe se farpou na escoa, pensei que a arrancada que fizera mar dentro se devesse a isso, não podia estar mais enganado. Enquanto dava três maniveladas, ele levava 5 tzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz, pensava eu: "Estou lixado, sozinho e com um bom peixe, como é que o vou buscar à escoa "?

Para meu espanto, o robalo debateu-se parecendo um achigã, aparecendo fora de água para se tentar desferrar! BRUTAL ! Alguns palavrões pelo caminho, já se ia aproximando de mim, quando vejo finalmente o Animal à tona nem queria acreditar no seu tamanho. Aproveito uma onda maior para o trazer até mim, mas o peixe em 30cm de água ainda arrancou em direcção à escoa, já estava a ver a coisa mal parada…… Mas nunca deixei de ter a linha tensa! Mais meio minuto, e numa outra onda consegui metê-lo em seco, e mando-me para cima dele para o agarrar….. ahahahhahaha! Já não escapas! Ainda fiquei uns minutos completamente pasmado a olhar para esse magnífico exemplar e sem dizer uma única palavra.

A lição fica que o mais importante é ir pescar, desta vez não apostava nada pois o mar estava “chão” e a água completamente cristalina, mas este robalo optou caçar pela calada da noite. Lá se vão as teorias…


Robalo c/ 8,420 kgs
Material: Shimano Speedmaster 3m 50-100
Daiwa Exceler Plus 4000E
Power Pro 0,19mm +baixo 0,40mm
Angel Kiss 140
Texto e Fotos: João Pontes
RobalosHotSpot

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

CARRETOS ANTIGOS

VENDO CARRETOS ANTIGOS em perfeito estado de funcionamento
Sofi (C2, K2, R e S) Sagarras, Aimsa, Shakespeare, Orgis, Point Sportsman.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Pescar e soltar - como salvar peixes que...


Como todos sabemos, principalmente aqueles que praticam a pesca embarcada, há peixes que chegam à superfície com parte do estômago fora da boca e do intestino fora do ânus, devido à subida rápida à superfície sem tempo para fazerem a necessária adaptação (descompressão), o que faz com a bexiga natatória, que está preparada para a profundidade onde o peixe se encontra, mantenha a sua pressão interna quando, à superfície a pressão externa é muito menor.

Nestes casos, mesmo que devolvamos o peixe à água este é incapaz de mergulhar, mantendo-se à superfície onde, após várias tentativas sem sucesso para voltar ao fundo, acaba por morrer.

Mas quando se é praticante do "pesca e solta; solta" ou nos casos em que não queremos aproveitar o peixe e o devolvemos à água, e para que este não venha a morrer, pode-se salvá-lo fazendo o seguinte:

Com uma agulha hipodérmica de tamanho #10 ou pouco maior, inseri-la cuidadosamente logo abaixo da linha lateral do peixe, num ângulo de 45º e na zona perto da barbatana peitoral, muito devagar. Acabará por ouvir nitidamente os gases a saírem da bexiga natatória quando a atingir. Poderá então devolver o peixe à água e este mergulhará de imediato. Tudo isto deverá ser feito com a maior rapidez para que o peixe regresse ao seu ambiente em boas condições.





Nunca force o estômago do peixe para dentro da boca - este voltará à posição correcta assim que o peixe mergulhar.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

domingo, 22 de janeiro de 2012

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Pescar de Inverno na Costa de Cascais

A pesca embarcada que se pratica na costa de Cascais de Outubro a Abril, é condicionada pelas condições meteorológicas, principalmente quando estas influenciam a agitação marítima.

Durante a Primavera-Verão a nossa costa fica sobre a influência do fenómeno “upwelling” (ou afloramento costeiro) e no Outono-Inverno o regime de circulação costeira inverte-se, surgindo a Contra-corrente Costeira de Portugal, nitidamente influenciada pela Oscilação do Atlântico Norte (OAN). Esta oscilação corresponde a um fenómeno atmosférico de grande escala, envolvendo uma alternância da intensidade dos valores da pressão atmosférica na região subtropical (centro de altas pressões centrado nos Açores) e na região subpolar (centro de baixas pressões centrado na Islândia). A OAN exerce uma influência forte na variabilidade climática interanual e afecta a intensidade e direcção dos ventos de oeste que sopram no Atlântico Norte. No entanto, todas estas alterações e oscilações climatéricas provocam muitos dias com óptimas condições para a pesca, e não são raros dias de total calmaria.

Em dias com alguma agitação marítima, a pesca nas zonas mais abrigadas na nossa costa revela-se por vezes muito produtiva, porque também o peixe se aproxima da costa para se alimentar.
A pesca que então se pratica não sofre qualquer alteração pois é possível capturar as mesmas espécies que se capturam no Verão. A partir de meados de Outubro, os Sargos (Diplodus sargo) e os Sargos/russadas/safias (Diplodus vulgaris) aproximam-se da costa e é possível fazerem-se belas pescarias em pesqueiros de pouca profundidade, que podem ir dos 10 aos 15 metros. É também nesta altura que os maiores exemplares destas espécies se tornam mais abundantes e muitas vezes com mais apetite, no entanto, em pesqueiros baixos, são por vezes muito matreiras e mal as sentimos quando sorrateiramente nos comem o isco do anzol.

Os iscos que então devemos usar podem ser variados: camarão, lingueirão, mexilhão e amêijoa, podemos ainda pescar com anelídeos: tiagem, casulo, ganso, etc. estes mesmos iscos servem também para outros peixes, como os besugos que por vezes nestes meses e em determinados pesqueiros, fazem autênticos ataques mais parecendo piranhas, as fanecas marcam presença todo o ano, e os safios demonstram um apetite fora do vulgar. A captura destes aumenta por vezes durante os meses de Inverno, principalmente em anos de muita chuva, uma vez que a salinidade dos rios e dos seus estuários diminui o que leva a que estes animais se desloquem mais para o mar, ocupando todas as tocas que estejam disponíveis, quer em zonas mais fundas quer junto da costa. Quanto a pargos e gorazes estão lá todo o ano, pois aparecem nos pesqueiros mais fundos.

De todo o material que necessitamos para pescar no Inverno, um dos mais importantes e que não nos devemos esquecer é o nosso OLEADO, casaco e calças, desta forma ficamos prontos para ir para o mar, o resto é entre o homem e o peixe.


António Lemos

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Natal 2011 na Costa Vicentina

Cheguei ao PNSACV na sexta-feira, dia 16 de Dezembro. Segundo os pescadores locais, houve muito peixe até final de Novembro mas em Dezembro os sargos deixaram de encostar.
Mas como nessa última semana o mar tinha estado bruto, quando o mar acalmasse, talvez eles regressassem!
No Sábado, fui então matar o vício. O mar ainda estava muito forte (3/4m); levei umas sardinhas para ver se enganava algum sargo na rebentação, mas a grade voltou a atacar, o que já não me acontecia desde o Natal do ano passado!

No dia seguinte, como o mar ainda era bem forte (2/3 m), escolhi um local onde pudesse pescar sem grandes riscos. Um paraíso dos sargos, quando eles ali encostam...
Nos dois primeiros lançamentos nem um toque. Decidi lançar uns metros mais ao lado, junto a uma pedra mais alta e esperei sentado, até que , ao fim de 5 minutos, senti o 1º toque, um toque forte - belo sargo pensei, mas logo me apercebi que não podia ser - nenhum sargo faria aquela força - os primeiros 2/3 minutos foram só a dar linha ao peixe, mas tentando sempre evitar que se refugiasse atrás de alguma pedra. Mesmo que quisesse não o conseguia trazer e lembrava-me constantemente que estava com um anzol nº 2 e linha 0,28mm, pelo que teria de ter muita paciência. Um robalo, será, pensei! Era estranho, aquele mar não era o mais adequado para que um robalo ferrasse, mas com sardinha como isco tudo era possível.

Uns valentes minutos passdos e o peixe começou a nadar um pouco para terra, o que aproveitei para o ir trazendo para mais perto e, finalmente, vi-o - sem dúvida, um robalo.
Depois veio a fase mais crítica... tirá-lo da água. E foi com a preciosa ajuda das ondas que o consegui colocar em seco , depois de uns bons 20 minutos a trabalhar o peixe, que acabou por sair da água bem afastado do local onde se ferrou. Não era um exemplar muito grande, mas estava bastante gordo (até um polvo pequeno tinha no estômago). Não o pesei, pois não tenho balança naquela casa, mas media 62 cm. Pelo meu cálculo deveria rondar os 2,5 kgs
Até ao final da pescaria ainda "saíram" 2 sargos, já nas pedras, um deles uma "tábua" certamente de quilo.

Na 2ª feira o mar caíu muito (1/1,5m) e aproveitámos para ir a nado até uma pedra ilhada onde gosto muito de pescar - era o último dia em que conseguiríamos pescar assim, pois a maré vazia começava a ser à noite (6/7 da manhã, 6/7 da tarde).
Tudo bem no início, o peixe estava lá e era grande, apanhei 2 sargos de seguida, uma "tábua" e um normal. A actividade diminuiu um pouco, mas não tardei muito a apanhar outro bom sargo. Ao quarto peixe que mordeu, uma outra "tábua", o carreto decidiu empanar...

Foi complicado trazê-lo assim, pois é um local com muita pedra e onde mordeu o sargo as ondas varrem com muita violência, trazendo o peixe, mas quando escoa leva-o de novo para baixo fazendo uma força brutal - caso não se dê linha é muito fácil o peixe soltar-se ou mesmo partir a linha. Ainda assim, e com alguma sorte, tirei-o quase "à mão". A minha pescaria terminou ali, mas com a certeza de que ainda apanharia mais uns quantos, não fosse a avaria do carreto.

Texto e Fotos: Jorge Ponte