Pescar é enfrentar saudáveis desafios, é fazer amizades, é conhecer novos lugares e abrir novos horizontes. É conviver com a natureza. É ser companheiro.

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

MAPA DE ACTIVIDADE DOS PEIXES

Para ter a tabela sempre actualizada do mapa de actividade 
dos peixes clique aqui ou na imagem !


Este mapa é elaborado com base científica, através de um software específico que aplica os cálculos baseados nas conclusões dos estudos inciados em 1926 por John Alden Knight e publicados dez anos depois.

Para demonstrar a sua teoria Solunar, John Alden Knight fez uma compilação de dados de forma sistemática, a fim de obter mais detalhes sobre a captura de peixes. Estes dados, tratados de forma bastante aprofundada, que abrangeram tanto a captura de grandes e pequenos peixes, de forma isolada, como capturas de grandes quantidades através de métodos de pesca profissional, permitiram que chegasse à conclusão que praticamente todas as capturas foram feitas dentro dos períodos solunares, sendo que 90% das mesmas foram feitas nos períodos solunares maiores que eram coincidentes com a fase de lua nova.

Sempre que um dos períodos solunares (que correspondem a maior actividade dos peixes) coincidir com a 1ª hora do nascer ou do pôr do sol, poderá esperar-se nessas horas uma ainda maior actividade. Se estes períodos coincidirem ainda com as fases de lua nova ou lua cheia, então haverá condições para pescarias memoráveis.

Paralelamente, John Alden Knight estendeu as suas pesquisas às aves cinegéticas e ainda a outras espécies animais, confirmando que também estas eram estimuladas nos períodos solunares.

As flutuações barométricas influenciam bastante a actividade dos peixes, principalmente de forma negativa quando a tendência é para a descida, bem como a temperatura da água, que quando baixa leva os peixes a procurar maiores profundidades. Alterações climatéricas bruscas, tempestades, condições anormais da água, frentes frias e ainda outros factores podem interferir negativamente nos períodos de actividade (períodos solunares). Nos períodos que precedem tempestades há sempre um aumento da actividade do peixe, que, instintivamente, parece querer precaver-se...

A imprevisibilidade das condições atmosféricas a longo prazo, ainda que estas tenham alguma interferência nas tabelas solunares, são apenas um entre os vários factores utilizados no cálculo das ditas.


quarta-feira, 11 de outubro de 2023

O coração dos peixes

Os peixes possuem um coração relativamente primitivo.

Trata-se de um coração tubular em “S” que apresenta quatro cavidades de contracção sequenciais: o seio venoso, o átrio, o ventrículo e o bulbo. O seio venoso tem a parede fina e recebe o sangue vindo das veias sistêmicas que o direcciona para o átrio através das válvulas sino-atriais. O átrio, também de parede fina, está posicionado sobre o ventrículo e tem uma válvula na saída. O ventrículo, de paredes espessas, é responsável pela propulsão do sangue para o bulbo arterial (de formato triangular) e para a parede muscular.


O tubo seqüencial que é o coração dos peixes bombeia sangue saturado de dióxido de carbono num fluxo único para a região anterior do animal. Como os peixes têm respiração branquial, o arco aórtico gera ramos branquiais que conduzem o sangue pobre em oxigênio do bulbo arterial para as brânquias e daí é drenado para a aorta dorsal sendo então distribuído pelo corpo do animal. 


A circulação nos peixes é bastante parecida com a dos outros vertebrados de circulação fechada. O coração bombeia o sangue para a aorta ventral, que o distribui para os vasos aferentes das brânquias. O sangue passa pelas brânquias, onde ocorre grande queda da pressão devido à resistência dos capilares branquiais, e termina na aorta dorsal, que distribui o sangue para os diferentes tecidos sistêmicos. Após passar pelos capilares sistêmicos, o sangue retorna ao coração pelas veias. 


O tamanho e o desempenho do coração estão relacionados com o quão fisicamente activos os peixes são. Espécies relativamente inactivas e lentas tendem a ter corações pequenos e débito cardíaco baixo, enquanto espécies ativas tendem a ter corações grandes e alto débito cardíaco.

segunda-feira, 19 de junho de 2023

A ÂNCORA E A BÓIA DE ARINQUE

A âncora (ferro) de uma embarcação, para além de ser utilizada para fundear num determinado local, para se pescar, tomar uns banhos ou simplesmente para uns momentos de descanso, é uma peça fundamental para situações de emergência, nomeadamente nos casos de avaria do motor, evitando que se fique à deriva ou que se seja arrastado para situações muito perigosas. A existência de dois ferros disponíveis e em boas condições a bordo é sempre recomendável, por razões evidentes.
Tipos de âncoras

Para que o ferro se mantenha numa posição ideal, de modo a que se enterre facilmente, deverá estar ligado a uma corrente, normalmente de tamanho nunca inferior ao comprimento da embarcação, que, com o seu peso, o obriga a permanecer deitado, proporcionando ainda um efeito de amortecedor que minimiza os movimentos provocados pela agitação das águas.


Na manobra de fundear, o ferro nunca deve ser atirado mas sim descido até tocar o fundo, soltando-se depois a amarra, devagar, de modo a facilitar o unhar no fundo. A descida do ferro deve ser sempre feita à proa da embarcação por um tripulante, evitando-se que seja quem está a manobrar o barco e tendo-se atenção a que não haja qualquer entrave ao desenrolar do cabo.

Atenção ao soltar a amarra


Com bom tempo e um fundo normal deve largar-se 3 a 5 vezes mais cabo que a profundidade no local (com a maré em preia-mar) – com mar mais “rijo” aumenta-se para 5 a 7 vezes.
Depois de fundeado e o cabo amarrado ao cunho, deve ter-se atenção, através de referências fixas na costa, se o barco garra (descai), para que não ocorram situações desagradáveis e perigosas.



A bóia de Arinque, também conhecida por balão ou bolona, para além de assinalar o local onde está o ferro, evita a perda de âncoras. Trata-se de um 2º cabo (cabo do arinque) que é preso à cruz da âncora, ao contrário do cabo principal que é preso ao olhal da sua haste. Na extremidade do cabo do arinque é colocada uma bóia, que marca a sua posição. Desta forma, sempre que não se consegue recolher o ferro com o cabo principal, utiliza-se o cabo do arinque, o que, na maioria das vezes, resolve o problema do ferro preso. O comprimento do cabo do arinque deve ser sempre um pouco superior à profundidade do local de fundeio (1 + 1/3).

terça-feira, 21 de março de 2023

Porcos filhos da puta na pesca e na vida



Seres ou indivíduos que se distinguem dos restantes pelo carácter específico que só a eles é comum: filho da puta.

O porco filho da puta existe e encontra-se em todos os sítios e em todos os ambientes. Aliás, todos conhecemos um ou mais filhos da puta ! Do pouco que se sabe acerca dele, de como a sua roupa e a sua figura não bastam para o definir, restam alguns traços que o caracterizam - os seus gostos e lugares preferidos, as suas grandes especializações, o seu sistema de entreajuda, perguntas que faz, a sua sempre escondida vida particular, a sua casa lar como lugar excelso, os seus modos de recreio e diversão, os seus tiques e aspectos anedóticos, os seus temores e receios, enfim, de como é, acima de tudo, um filho da puta. A grande dúvida que ainda existe em relação ao porco filho da puta é se ele já nasce filho da puta ou se a vida é que o faz...  

Pois, o filho da puta também pesca. Encontramo-lo por aí, sózinho ou em grupos de que apenas faz parte por pouco tempo, com a cana na mão. Digo que apenas faz parte por pouco tempo porque é breve o espaço temporal que o grupo leva a descobrir que por lá paira um filho da puta e, tal como a uma purulenta borbulha, procede à sua excisão, normalmente de forma gradual e pouco notada, até que o próprio filho da puta já não tenha coragem de voltar, pois sabe que já o toparam...  ~

O filho da puta nunca se define à primeira vista - esta é, aliás, uma das suas principais características. À primeira vista, o filho da puta faz tudo para mostrar a disponibilidade que acha própria, e ocultar a própria indisponibilidade. À primeira vista, o filho da puta diz quase sempre que está bem, que "se vai ver", o filho da puta é quase sempre assim, sim senhor. É só depois, às vezes muito depois, que o filho da puta, por vocação superior e para constar, diz que "não, não senhor", e mostra que não está na disposição: nem de viver nem de deixar viver. Por isso, ele, o filho da puta, ocupa-se e preocupa-se sobretudo com os outros, e uma das coisas que mais o ocupa e preocupa é a despreocupação dos outros, e essa é a segunda das suas principais características. Até se pode dizer que nada preocupa tanto o filho da puta como a despreocupação dos outros, que nada o incomoda tanto, nada o perturba de tal modo como a despreocupação dos outros. Ele, o filho da puta, tem por máxima preocupação construir toda a espécie de mais valias, e assim ocupa a vida com essa preocupação, isto é, ocupa a vida ocupando-se com o modo de conseguir sempre o que mais valia, sacrificando-se para conseguir sempre o que mais vale. 

O porco filho da puta não gosta de viver, mas gosta de reviver, gosta mais de reviver que de viver, e assim ocupa grande parte do seu tempo. Deste modo se entende que seja sempre imensa a saudade que ele, o porco filho da puta, tem do passado, imenso o seu desejo de ambição de regressar (se possível) ao estado embrional, esse estado em que ia para todos os lugares sem chegar a sair do mesmo lugar.  

Na pesca, o filho da puta quer sempre pescar mais que os outros, seja lá como for. Se alguém apanha algum peixe, o filho da puta logo a ele se encosta para pescar no mesmo lugar e vai apertando, sem quaisquer contemplações, até que o outro se afaste. Se estiver longe irá lançar exactamente para a frente do outro, de modo a incomodá-lo... Quando não apanha nada é porque é um tipo com azar, porque os outros ficaram como abrir uma loja virtual nos melhores locais e tinham melhor isco - para o porco filho da puta cada pescaria é um concurso - e se fica mal "classificado" não consegue esconder o mau humor e a filha da putice que o envenena. é nesta altura que deixa de se controlar e não consegue evitar o focinho coberto de ódio contra tudo e todos.  

Para o porco filho da puta a captura de espécies que não irá aproveitar para a mesa é a forma de vingança contra o mundo e contra os outros - e os pontapés, pisadelas e outras formas de crueldade contra o desgraçado do peixe surgem, incontroláveis, proporcionando um sorriso escondido e um acalmar imediato, mas por pouco tempo, dos recalcamentos e do ódio latente nas suas entranhas...  Lançar lixo à água ou deixá-lo nos pesqueiros é um dos gozos supremos do porco filho da puta na pesca - saber que quem vier a seguir vai encontrar toda a merda que lá deixou, e que contribuíu com mais algum lixo para a poluição das águas fá-lo sentir-se importante - e o prazer de saber que incomodará os outros leva-o a um êxtase indescritível, já que ele vive basicamente para lixar a vida aos outros.  

O porco filho da puta utiliza material de pesca barato - porquê que iria dar uma pipa de massa por uma boa cana ou carreto? Porquê gastar dinheiro nestas merdas, encher o cú a esses chulos das casas de pesca? Nem pensar!!! Ele é um gajo com azar e o dinheiro faz-lhe muita falta...  A técnica do porco filho da puta muda de época para época e de lugar para lugar. A felicidade e o gosto pela vida que os outros manifestam é incompreensível para si - porque é que os outros não têm tanto azar como ele? Que mal é que ele, grande porco filho da puta, fez, para ter tanto azar????  

Há filhos da puta vocacionados para fazer e filhos da puta vocacionados para não deixar fazer, e estes são os dois tipos universais e eternos do filho da puta. Há, naturalmente, subtipos e especializações funcionais com funções especiais: modos de fazer, ou de fingir não fazer e deixar fazer; no entanto, quer os dois tipos, quer os vários subtipos de filhos da puta, todos eles são primariamente e acima de tudo filhos da puta e disso estão todos bem conscientes. É por isso que nem sempre podemos e devemos delimitar rigidamente estes tipos, dado que eles são flexíveis e se entrecruzam e interpenetram.  

Apesar de tudo, sim, apesar de tudo o porco filho da puta está relativamente contente consigo. Está preocupado com a vida dos outros e descontente com a vida em geral, mas relativamente contente consigo. O filho da puta acha sempre que tirou o melhor partido do mau partido que foi ter nascido, e do péssimo partido que é viver. O filho da puta consola-se muito com o infortúnio dos outros, com a crise dos outros, com a doença dos outros. Os outros também estão em crise, os outros não passam melhor, os outros não fizeram melhor, os outros também perderam, "lixaram-se", "quilharam-se", diz o porco filho da puta exultante. Nada atrai mais o porco filho da puta, nada o consola tanto como o relato da doença ou da crise que assola os outros.  Enfim, o porco filho da puta só se sente feliz com a infelicidade dos outros. 

Mas morre de muitas maneiras - geralmente da doença que o envenenou toda a vida e que, como ponto máximo da sua carreira, lhe proporciona um final com muito brio, mas atroz sofrimento. O porco filho da puta morre sózinho!   

Um abraço para todos, mesmo para os filhos da puta.



sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

terça-feira, 18 de outubro de 2022

A CORVINA AMERICANA (RAINHA)

A corvina americana ou corvinata real (Cynoscion regalis) é uma espécie invasora, originária do Oeste do Oceano Atlântico e tem ocorrido em vários locais ao longo da costa atlântica da Península Ibérica. Em 2016, foi detetada pela primeira vez no Algarve, especificamente no estuário do Guadiana e está agora espalhada por toda a costa portuguesa, sendo encontrada com frequência nos estuários do Sado e Tejo (nestes há relatos de capturas desde 2013). Clique aqui para saber mais ...

terça-feira, 5 de julho de 2022

A REGULAÇÃO DO DRAG

COMO REGULAR O DRAG

Coisa que todos os pescadores fazem é a regulação do drag, embraiagem ou travão dos seus carretos. Mas quando se pergunta a alguém como é que tem o drag regulado, para além de se notar um desconforto evidente, a resposta é invariavelmente, meio aberto, meio fechado, um bocadinho aberto, etc. 

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sexta-feira, 1 de julho de 2022

Horóscopo do Pescador para Julho de 2022

Para Julho de 2022

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domingo, 5 de junho de 2022

O POLVO COMUM

Comum na costa portuguesa, com um corpo curto e flácido, pois, ao contrário de outras espécies mais ou menos semelhantes, não possui esqueleto rígido (concha interna, como a lula ou o choco).  O corpo possui um manto largo, sem barbatanas, com oito tentáculos (braços) cinco a seis vezes maiores que o corpo - os tentáculos são cobertos de ventosas na superfície interna e tem a particularidade de conseguir mudar de cor para se confundir com o ambiente.

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