Pescar é enfrentar saudáveis desafios, é fazer amizades, é conhecer novos lugares e abrir novos horizontes. É conviver com a natureza. É ser companheiro.

domingo, 12 de abril de 2009

O REBOQUE DE ATRELADOS COM BARCOS

O reboque de atrelados com barcos exige a observância de algumas regras básicas de segurança, para que se evitem acidentes que podem ser de extrema gravidade.

Em primeiro lugar o veículo que vai fazer o reboque deve ter a potência adequada ao peso do conjunto atrelado/barco, bem como travões, suspensão e pneus correspondentes ao esforço exigido.

É norma as indicações do fabricante do veículo forneceram todas as informações sobre a capacidade de reboque do mesmo, mas em caso de dúvida informe-se sempre.

O atrelado é preso à bola de reboque da viatura, cuja montagem deve ser sempre efectuada por especialistas. Confirme se o engate está devidamente bloqueado (grande parte dos engates tem uma peça vermelha que passa a verde quando devidamente bloqueada). Prenda a corrente de segurança do atrelado à viatura e faça a ligação eléctrica.
Faça sempre a drenagem da água do barco, que deve estar sempre bem apoiado no atrelado e bem fixo através das precintas/correias, com especial atenção à da manivela, junto à proa do barco.

Tenha muito cuidado com o combustível dentro do barco, evitando que possa ser derramado em andamento. Retire do barco os utensílios que possam soltar-se ou aumentar o peso desnecessariamente.

E acima de tudo nunca se esqueça que a condução com o reboque obriga a uma atenção redobrada. O peso acrescido praticamente duplica a distância de travagem.

A velhota que reboca o Katembe

É uma velhinha Ford Escort 1800 a gasóleo que reboca o Katembe para onde é preciso. Apesar da idade, vai-se portando lindamente e nunca se negou a ir fosse onde fosse!!!

terça-feira, 7 de abril de 2009

VNM - 6.Abril.2009 - Saída no JIG em V. N. Milfontes

Saída ontem, 6 de Abril, no JIG em Vila Nova de Milfontes. Um dia de pouco peixe: parguetes, choupas azuis e safias e um polvo com pouco mais de 5 kgs foi o resultado. A equipa: Mestre Jorge, LM, Hletras, Martinho e Bmxutos (que não se deu muito bem com as irregularidades do piso). O nosso agradecimento ao Jorge Bernardino, mestre do JIG, que foi simplesmente impecável. Vale a pena sair nesta embarcação.

A boa disposição do Hletras

LM e o polvo

Mestre Jorge e um parguete
O Martinho e uma choupa azul

Bmxutos na enfermaria

domingo, 29 de março de 2009

PEIXE-CAVALO, LÍRIO-FERRO, SENUCA

Conhecido por peixe-cavalo nos Açores, peixe-água na Madeira e lírio-ferro ou senuca aqui pelo Continente, Golpim, Lirão ou Bicuda da Índia, esta espécie é, efectivamente, de uma estranheza invulgar.
Aparecem regularmente fotografias nos diversos fóruns de pesca colocadas por pescadores curiosos, perguntando qual a espécie e quais as características.
É um peixe da espécie Alepisaurus ferox (Alepisauridae), carnívoro, sem escamas, essencialmente nocturno, que vive até aos 1800 metros de profundidade e atinge cerca de dois metros e pouco de comprimento e à volta de cinco kgs de peso. A base da sua alimentação são cefalópedes e, apesar do seu aspecto feroz, é completamente inofensivo para o ser humano.
As suas capturas por pescadores desportivos são relativamente raras e quase sempre a profundidades superiores aos 90 metros. Não é muito utilizado na alimentação devido à flacidez da sua carne, que não tem qualquer valor comercial.
Nomes em inglês: Longnose lancetfish, wolffish
Nome em francês: Lancier à long nez

Fotografia enviada por José Castro
Fotografia de Tiago Laurentino Fotografia de Tiago Laurentino Fotografia de NetteBini

quinta-feira, 26 de março de 2009

ACIDENTE DE PESCA C/ ANZOL TRIPLO (Fateixa)

Todos os cuidados com a segurança são poucos.
No decurso de uma pescaria no Brasil, um dos pescadores, possivelmente mais desajeitado ou descuidado, cravou a fateixa nas costas de um companheiro. No vídeo abaixo pode ver como é que a situação foi resolvida. A sorte foi que um dos membros da equipa era médico e levava um estojo com material de pequena cirurgia - mas o azar foi que o ferido foi o próprio médico...


quarta-feira, 25 de março de 2009

GAIVOTAS - As companheiras de Pesca

Nome científico: Larus cachinnans



As gaivotas comuns, aves marinhas da família Laridae, são costeiras e vivem ao longo de toda a costa portuguesa. Quem pesca de barco sabe que são elas que nos fazem companhia ao longo do dia de pesca e que aproveitam os exemplares que são devolvidos à agua sempre que estes não sejam suficientemente lestos a submergir ou quando se encontram já feridos de morte.


Normalmente de cor branca, com manchas negras na ponta das asas e/ou cabeça, possuem fortíssimos bicos de cor amarela, membranas nas patas e uma envergadura entre 1 a 2 metros, quando adultas. Os exemplares juvenis, facilmente reconhecíveis pela plumagem com manchas acastanhadas (2ª foto), levam cerca de 3/4 anos para conseguirem a plumagem de adulto (1ª foto).


A sua alimentação varia entre a comida viva e tudo o que conseguem encontrar que seja comestível (restos e lixo, pequenos animais e aves). Podemos vê-las nas lixeiras aproveitando tudo o que possa servir de alimento e cada vez mais as encontramos dispersas pelas cidades do litoral, em concorrência com os pombos.




Fotografias: Katembe



sábado, 14 de março de 2009

Fanecas, besugos, polvos e chocos

Saída hoje, "na desportiva", no Katembe, só para esticar um pouco as linhas. Dia bom, mas com o vento a levantar da parte da tarde. Para além dos besugos, fanecas e alguns polvos, a pescaria fechou com um belo choco com cerca de 2 kgs.

O choco que encerrou a pescaria

um dos polvos

à espera do guincho

domingo, 8 de março de 2009

UM AUTOMÓVEL NA ÁGUA - RAMPAS E SEGURANÇA

Como sabemos, a utilização de rampas é a forma mais fácil e simples de colocar um barco na água. Há, no entanto, cuidados importantes que não se podem descurar, sob pena de acontecer uma situação como a retratada nas fotografias abaixo, a que tivemos oportunidade de assistir no Portinho do Canal em Vila Nova de Milfontes.

Deverá ter-se muita atenção à inclinação da rampa, estado do piso e estar certo de que a viatura tem potência suficiente para aguentar o atrelado. A utilização adequada de um cabo é sempre aconselhada quando o piso está escorregadio ou não é suficientemente rugoso.



Fotografias Katembe (com telemóvel)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

PESCARIA DO CARNAVAL (2) - TEJO / CASCAIS

Com a pescaria de ontem em VNM o vício despertou. Não resistimos e levámos o Katembe para a água. Andámos para os lados da Boca do Inferno. Muitos besugos, fanecas e alguns polvos que se engancharam nos anzóis, foi o resultado de mais um dia bem passado. Ficam algumas fotos.



segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

PESCARIA DO CARNAVAL (1) - V. N. MILFONTES

Depois de mais de dois meses sem tocar nas canas, finalmente uma pescaria. Vila Nova de Milfontes (Canal das Barcas), saída pelas 7h45m e pesqueiro por volta das 4 milhas com 60 metros de profundidade. O Chico ao leme, Jomar, LM e Letras.
Não apareceram bogas nem cavalas, o que não foi nada mau. O peixe não foi muito, mas deu para passar um bom dia em bom convívio. Choupas azuis, bicas e carapaus foi o que se conseguiu, a iscar com camarão, lula e sardinha. Ainda se perderam dois bons peixes - é sempre assim, os maiores são sempre os que escapam :-)

O Chico Maravilhas foi ao leme


Uma bica


O Letras na luta


Uma bandeirada


Choupa azul


No regresso, a entrada no porto.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

PROTESTOS CONTRA A LEI DA PESCA

Mais de três mil pescadores manifestaram-se no passado domingo, dia 15 de Fevereiro, na Fortaleza de Sagres, contra a nova Legislação da Pesca Lúdica em geral e da pesca no PNSACV (Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina).
Os manifestantes, todos pescadores lúdicos, exigiram a revogação “imediata” das novas portarias 143/2009 e 144/2009, publicadas em Diário da República no passado dia 5 de Fevereiro, deixando avisos ao Governo, caso as mesmas não sejam revogadas.



Expositor na Feira de Pesca de Mora em 14.Fev.2009
Fotografia: Blog Instantes



Manifestação em Sagres (15. Fev. 2009)
Fotografias: IOL Portugal Diário


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

LEI DA PESCA - A OPINIÃO DO KATEMBE


















Depois de lermos as Portarias agora aprovadas, que têm provocado todas as reacções negativas, sem qualquer excepção, que temos visto nos vários sites e fóruns que abordam a pesca, queremos deixar aqui a nossa opinião. Não queremos opinar sobre pormenores do articulado, mas sim de uma forma geral.

- Sem querermos parecer pessimistas, a primeira impressão que temos é que a situação que atingimos é irreversível - como costuma dizer-se, nada será como antes.

- Acreditamos que, caso a nova ANPLED venha a contar com o apoio de todos os pescadores lúdicos e desportivos deste País, e a serem utilizadas formas de pressão e de luta responsáveis, poderemos vir a conseguir algumas alterações e acertos pontuais da legislação, mas nunca no mandato deste Governo, que faz da prepotência, da arrogância e do autismo a sua bandeira.

- Esta legislação, que apresenta tanto erros de carácter técnico como científico, para além de apresentar um cheirinho a inconstitucionalidade, tem como principal objectivo servir os interesses dos fortíssimos lobbys ligados à pesca comercial e industrial, para além de contribuir para um considerável aumento das receitas do Estado.

- Tenhamos em consideração que, aquando da publicação da Portaria 868/06, os comerciantes de material de pesca praticamente não tomaram qualquer posição, salvo raríssimas excepções. Foi essa Portaria que levou à criação da Comissão para a Defesa da Pesca Lúdica e Recursos Marinhos, que apresentou à AR uma petição, devidamente justificada e fundamentada, apoiada em mais de 10.000 assinaturas, petição que, após várias promessas de alteração por parte do poder político, foram completamente ignoradas. Com as recentes alterações também os comerciantes passam a ser duramente penalizados, situação que poderá levar ao encerramento de muitas lojas, o que fez com que muitos deles só agora "acordassem" para o problema.

- Somos a favor das licenças de pesca, à imagem do que acontece em todos os países civilizados do mundo e, em Portugal, já era exigido aos pescadores de água doce e aos caçadores, desde que o licenciamento obrigasse a uma formação básica sobre técnicas de pesca, espécies, conservação do ambiente e legislação em vigor, e que as receitas arrecadadas fossem maioritariamente utilizadas na referida formação, na preservação dos recursos marinhos e numa fiscalização efectiva e eficaz, apoiada numa legislação séria, com sólidas bases técnicas, científicas e ambientais. Paralelamente, os valores, tanto das licenças como das coimas a aplicar, deveriam ser justos e adequados à nossa realidade.

- Somos também a favor da criação de períodos de defeso e do aumento das medidas mínimas para algumas espécies, desde que apoiadas num estudo sério.

- Finalmente, parece-nos que o maior obstáculo a ultrapassar será a falta de consciência cívica de grande parte da população portuguesa, lacuna essa evidente quando atentamos ao generalizado comportamento dos condutores nas nossas estradas, à forma como são tratados os animais por este país fora, para além de outras atitudes e comportamentos que todos tão bem conhecemos.