Pescar é enfrentar saudáveis desafios, é fazer amizades, é conhecer novos lugares e abrir novos horizontes. É conviver com a natureza. É ser companheiro.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

NOVA LEGISLAÇÃO PARA A PESCA DE LAZER

Depois da publicação da Portaria 868/2006, cujo objectivo seria definir o quadro legal da pesca com fins lúdicos, ficou claro que a mesma continha algumas gralhas de relevo, para além de penalizar o exercício da pesca lúdica, manifestando várias injustiças, nomeadamente ao considerar os pescadores lúdicos como principais responsáveis pela delapidação dos recursos marinhos, acusando-os também de concorrentes com a actividade da pesca comercial.

Tal foi a confusão gerada, que houve necessidade de que a DGPA - Direcção-Geral de Pesca e Aquicultura emanasse várias circulares com a intenção de clarificar alguns pontos da Portaria, circulares que, várias vezes, contrariavam de forma evidente o que aquela estipulava.

Reunião da Comissão pela Pesca Lúdica na Lourinhã em 23/02/2008

Foi então formada uma Comissão pela Defesa da Pesca Lúdica e dos Recursos Marinhos, constituída por membros representivos de diversas Associações, Clubes, Sites e Fóruns ligados à pesca para fins lúdicos, que após ter recolhido mais de DEZ MIL assinaturas, entregou na Assembleia da República uma Petição solicitando a reavaliação da Portaria em questão.

Depois de várias promessas de revisão da legislação contestada, nomeadamente dos pontos apresentados na petição, foi publicada no passado dia 5 de Fevereiro nova legislação (2 Portarias, uma delas revogando a anterior e a outra incidindo sobre o PNSACV - Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina).

Contrariando as promessas feitas e as expectativas dos pescadores, as novas portarias não só não tiveram em conta os pontos focados na petição entregue em 2008, como, em alguns casos até os agravaram, chegando ao ponto de tornarem impraticável pelo menos uma das técnicas de pesca mais generalizadas, a pesca à bóia, ao proibir a utilização de engodo.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A ISCADA DE CAMARÃO

O camarão é um dos iscos mais usados na pesca embarcada em barco fundeado e também na pesca de fundo a partir da costa. Esta é uma das formas mais correctas para ser iscado.


domingo, 25 de janeiro de 2009

A CARRAÇA DOS PEIXES

Crustáceos Isopodas - Ectoparasitas
Por vezes capturamos exemplares que trazem agarrados uns crustáceos parasitas a que chamamos, vulgarmente, carraças do peixe.

São isópodos parasitas que se prendem aos peixes quando estes passam junto a pedras ou quando se encontram a dormir. Podem fixar-se em qualquer local do corpo, mas a sua preferência vai para as guelras (câmara branquial) e para a cavidade bucal.

Depois de se fixarem estes parasitas alimentam-se dos fluídos do hospedeiro, causando emagrecimento, dificuldades para nadar, bem como lesões que podem causar infecções, resultando na sua morte.

O consumo humano de peixes afectados não acarreta quaisquer riscos, desde que se proceda a uma limpeza eficaz dos parasitas. No entanto, deve evitar-se o seu consumo quando a extensão das lesões seja muito grande ou que evidenciem um aspecto desagradável.

O PEIXE LUA - OCEAN SUNFISH

Mola mola (Linnaeus, 1758)
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Inglês: Ocean Sunfish

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

CIGUATERA - Um dos poderosos venenos do mar

Ciguatera, um envenenamento pouco conhecido pela maioria dos pescadores, excepto dos praticantes do Big Game, que a conhecem bem - daí o facto de quase nunca consumirem, em termos gastronómicos, a barracuda, por exemplo. É considerado uma das formas mais graves de envenenamento provocado pela ingestão de peixe. É impossível saber, antes de o consumir, se o peixe está ou não envenenado, excepto através de análises laboratoriais - tem de se comer para se ter a certeza mas....nem sempre. A cadeia começa com a microalga que produz a ciguatoxina, que é consumida directamente por peixes herbívoros e omnívoros e espécies de invertebrados que se alimentam de algas, que por sua vez são comidos por peixes carnívoros. À medida que se sobe na cadeia alimentar também a quantidade de toxinas vai aumentando, porque se mantém no organismo do hospedeiro - como os predadores estão no topo da cadeia, a quantidade de toxinas é enorme.







As espécies mais frequentemente contaminadas com a ciguatera são os dourados, xaréus, barracudas, pargos e os tunídeos, bem como as salemas se, como espécie essencialmente herbívora, se alimentarem numa zona de algas contaminadas. A maior parte dos predadores são potenciais contaminados, principalmente se a sua alimentação for procurada em zonas de algas tóxicas, já que se alimentam de peixes mais pequenos que, por sua vez, consumiram algas.

Imagem: www.southtexascollege.edu












O envenenamento, em pessoas saudáveis, raramente ultrapassa sintomas que tendem a desaparecer rapidamente após algum desconforto. Só em casos mais graves, felizmente muito raros, é que se torna necessário proceder a lavagens ao estômago, à ingestão de carvão activado, de anti-histamínicos ou outras medidas adequadas, em meio hospitalar. Mas, e vá lá saber-se porquê, há pessoas completamente imunes a este tipo de envenenamento - e, em contrapartida, há pessoas com grande hipersensibilidade ao mesmo. As pessoas que sentem algum desconforto quando comem marisco, moluscos bivalves, crustáceos ou gastrópodes, são muito mais susceptíveis ao envenenamento por ciguatera.

Os primeiros sintomas do envenenamento vão desde uma leve sensação de formigueiro ou comichão na boca até à paralisia muscular, tudo isto nas primeiras doze horas após a ingestão do peixe envenenado. Estes sintomas costumam aparecer geralmente entre alguns minutos e algumas horas após a ingestão. Os sintomas neurológicos mais comuns são sensações alternadas de calor e frio e de formigueiro (boca, face, mãos e pés), tonturas, náuseas, sabor metálico na boca, dores musculares e nas extremidades e articulações. Apesar dos sintomas neurológicos serem mais severos nos primeiros seis a dez dias, algumas vítimas podem sofrer os sintomas por períodos prolongados, mesmo durante meses ou anos.

Os casos muito graves de envenenamento podem provocar o coma ou mesmo a morte.

sábado, 27 de dezembro de 2008

As cobras também pescam !

Algures no Rio Tejo (Espanha), o Pepe Alba, assistiu e fotografou uma cena invulgar: uma cobra "pescadora". A serpente capturou uma perca e durante mais de uma hora tentou engolir o peixe (pelo lado da boca, no sentido das escamas, para evitar problemas...), mas desesperada teve de desistir, e abandoná-lo, pois não tinha uma boca suficientemente grande para que coubesse a presa.

















































quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Os meus carretos antigos

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sábado, 20 de dezembro de 2008

Dia de Pesca ao Polvo

Hoje, sábado, saímos para tentar apanhar uns polvos para o Natal. Às 9, hora em que abre o CDPA (Clube Desportivo de Paço de Arcos), o Katembe já estava na fila para entrar na água. Um dia agradável, com sol, algum frio e vento fraco. A bordo três "Katembistas" - Ricky, Jomar e LM.


Na fila para o Guincho


No ar

O Jomar com um polvo ensarilhado na linha e no xalavar

Ricky com um dos primeiros polvos a sair
















Pensámos fazer uma "reportagem" completa do dia, mas alguns problemas não previstos impossibilitaram a obtenção de mais fotografias. Foi pena, mas ainda assim foi um dia bem passado, com o tempo a ajudar e, como resultado, alguns kgs de polvo para a ceia de Natal e um arrozinho ou uma saladinha.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

NOS LIMITES DA DOR - Coragem ou insanidade?

ATENÇÃO: As fotos não são aconselháveis a pessoas impressionáveis.
Uma jovem norte-americana decidiu, de forma absolutamente voluntária, fazer uma experiência visando uma viagem até aos limites da dor, deixando-se prender através de vários anzóis que suportaram o seu peso. Não sabemos qual a sua verdadeira intenção - se puro masoquismo ou se fazia de cobaia para algum estudo sobre a resistência do ser humano à dor. Mas acreditamos que deverá ser das pessoas no mundo que melhor ficou a conhecer, porque o sentiu na pele, uma parte do sofrimento dos peixes quando ferrados.











terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Uma cana / bastão de pesca de 1850 ou 1880

Aqui fica uma curiosidade / preciosidade. Uma cana ou bastão de pesca construída artesanalmente, em bambu, entre os anos de 1850/1880 para a pesca em água doce. O carreto é feito em osso.


































D. Pepe, espanhol da zona de Badajoz, foi um praticante entusiasta da pesca no rio Guadiana e também o primeiro proprietário da cana, agora pertença do seu bisneto Pepe Alba, um amigo pessoal, autor das fotos desta verdadeira relíquia, e que teve a amabilidade de autorizar a sua publicação no nosso Blog.























Pepe Alba, é um amigo espanhol, residente em Badajoz, excelente pescador (pesca à pluma) e excelente fotógrafo, praticante da pesca sem morte, bem como um verdadeiro amante e defensor da natureza. Tive já o prazer de o ter a bordo do "1 de Sines", numa jornada de pesca em Vila Nova de Milfontes.
Pepe Alba






















segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

PORQUÊ QUE O MAR É SALGADO?

O mar é composto por elementos químicos, compostos químicos e iões. Deste grupo, os que existem em maior quantidade são os iões Cloro (Cl-), Sódio (Na+), Sulfato (SO4--), Magnésio (Mg++), Cálcio (Ca+) e Potássio (K+). O Sódio e o Cloro, componentes do vulgar sal de mesa, são 90% dos iões, que por sua vez correspondem a 3.5 % do peso total da água do mar.

O dióxido de carbono da atmosfera torna a chuva moderadamente ácida. Quando chove a água cai directamente nos oceanos e nos rios, por ser ligeiramente ácida e pelo efeito da erosão vai dissolvendo as rochas do leito e margens, dissolvendo as moléculas e transformando-as em iões. A sua evaporação leva à condensação na atmosfera, repetindo-se assim todo o processo cíclico.

A salinidade do mar só não aumenta ao ponto de se tornar insustentável porque outros fenómenos vão retirando iões à agua do mar, como a vida marinha que necessita de cálcio que é retirado da água e a sedimentação (ligação dos iões a partículas finas, que acabam por se acumular no fundo dos oceanos).

Salinas /Aveiro Foto Blog Missixty








domingo, 14 de dezembro de 2008

Bactéria comedora de carne humana

A photobacterium damsela é uma bactéria rara, geralmente hospedada em peixes, principalmente nos salmonídeos, e conhecida por "comedora de carne humana".
Embora a contaminação de seres humanos seja muito rara, ela pode acontecer caso o peixe contaminado entre em contacto com um ferimento do pescador (p.e. provocado pelo anzol). Nestas circunstâncias, em caso de infecção, as consequências são sempre muito graves - a bactéria começa a corroer a zona onde se iniciou a infecção, e vai alastrando gradualmente, desfazendo a carne e tecidos da pessoa infectada à medida que vai avançando. Caso não haja uma resposta imediata através de tratamentos adequados, acaba por provocar a morte quando atinge os órgãos vitais.
Há registos de várias mortes nos Estados Unidos causadas pela photobacterium damsela e a bactéria está já referenciada nos seguintes países: Estados Unidos, Japão, Taiwan, Espanha, Grécia, França, Portugal e Noruega.

O início da infecção