Mais um dia como muitos outros... saí do trabalho às 8h da manhã e encontrei-me com o meu pai perto do mar para tomarmos o pequeno-almoço. Em seguida, dirigimo-nos para o carro onde preparámos calmamente o material. A maré vazava até às 11:50 e ainda tínhamos os caneiros com bastante água.
O meu pai avançou comigo ao longo das rochas já descobertas, mas quando se apercebeu que tinha de se molhar para me fazer companhia, decidiu ficar por onde estava (e seco!). Nada a apontar! Ainda mais porque em pouco tempo já estava a fazer o gosto à cana com um robalinho!
O local que eu tinha escolhido estava bonito, com bastante espuma e mar mexidinho como tanto gosto. A verdade é que já era quase meio-dia e nada, nem um toquezinho! O fim da maré aproximava-se e eu cada vez mais a pescar "em seco". Contudo, já ali tinha sido feliz na "reponta" o que ainda me dava algum ânimo. Alturas tantas, ganho ainda mais alento quando vejo um ataque à superfície. Pelo "splash" nao parecia peixe grande, mas toca a dar banho à Super Spook. Os lançamentos sucederam-se e nem um toque. Resolvo montar um boião e um raglou para lançar mais largo. Apesar da insistência, nem nada!
Prestes a dar a jornada por terminada, já tinha voltado aos jerkbaits (normalmente mais eficazes naquele spot), vejo um segundo ataque desta vez mais perto de onde estava. Para não perder tempo a mudar de amostra nem a montar novamente o buldo, voa a Bakuba para o hotspot! Zás! Finalmente! Que encontro mais inesperado! Nao faço ideia que espécie é esta, mas traz peixinhos dentro da boca!
Penso que se trate de uma baila ou de uma truta marisca, e tinha lingueirão a sair da boca, ainda vivo!
Texto, imagens e vídeo: José Pedro Cruz