Pescar é enfrentar saudáveis desafios, é fazer amizades, é conhecer novos lugares e abrir novos horizontes. É conviver com a natureza. É ser companheiro.

sábado, 12 de junho de 2021

O PERIGO DOS AGUEIROS

O PERIGO DOS AGUEIROS


Os agueiros (correntes de retorno) são correntes geradas perpendicularmente ao areal por acção da ondulação e da topografia do fundo e são frequentes nas praias da costa portuguesa - variam em tamanho, largura, profundidade, forma, velocidade e potência.


Quando as ondas quebram empurram a água acima do nível médio e a água que ultrapassou aquele nível é empurrada de volta pela força da gravidade através de um canal submerso na areia. Como a água de retorno se concentra nesse canal, forma-se uma corrente forte ou muito forte na direcção do mar, puxando para longe da areia.

A forma de escapar a um agueiro é nadar lateralmente (paralelamente à costa) e nunca em direcção à costa. Não entre em pânico e nunca tente nadar/ir contra a corrente e nunca tenha vergonha de pedir ajuda !!!

Respeite o mar e os avisos que são facultados aos banhistas e, se possível, entre na agua quando haja um nadador salvador por perto.

Para sua própria segurança deve sempre verificar se há agueiros, bem como as condições do mar em geral, antes de entrar na água

quinta-feira, 10 de junho de 2021

ESTÁ PRÓXIMO O FIM DAS CHUMBADAS NA PESCA !

O PAN - Partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza apresentou na Assembleia da República uma proposta para a interdição do uso de chumbo na pesca. (PDF)

Os pescadores desportivos utilizam, como sabemos, o chumbo como lastro/contrapeso nas montagens para a pesca. Desde as grandes chumbadas de 180/200 grs até aos pequenos chumbos fendidos utilizados na pesca à bóia, são grandes as quantidades de chumbo que diariamente se perdem nos pesqueiros. Com o tempo, a acumulação de chumbo chega a quantidades assustadoras - no Brasil, onde se utilizam lagos naturais ou artificiais para a exploração de pesqueiros pagos, chegou-nos a notícia de que um lago, com cerca de 1,5  hectares e 8 metros de profundidade foi esvaziado para limpeza, ao fim de mais de 20 anos de exploração contínua sem manutenção apropriada, pois os peixes apresentavam vários sintomas estranhos: mortandade generalizada, doenças inexplicáveis, cegueira e indiferença aos iscos utilizados. – entre os variados detritos e lodo com mais de 1 metro de altura existentes no fundo, foram encontradas cerca de DUAS TONELADAS de chumbo, resultante das chumbadas que ali foram ficando,  perdidas pelos pescadores

Leia mais aqui

segunda-feira, 3 de maio de 2021

HORÓSCOPO DO PESCADOR PARA ESTE MÊS DE MAIO

Se quer ficar a saber tudo o que o espera neste mês de maio
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sexta-feira, 2 de abril de 2021

Katembe - Pesca em Portugal - Mapa do site



Katembe - Pesca em Portugal

MAPA DO SITE 

quinta-feira, 1 de abril de 2021

FOI A BRINCADEIRA DO 1º DE ABRIL

FOI A BRINCADEIRA DO 1º DE ABRIL


 

Atum gigante com mais de 300 kgs



Hoje, em frente ao Farol da Guia (Cascais), uma embarcação de recreio com 4 amigos a bordo, capturou este atum gigante...

Publicado por Katembe em Quarta-feira, 31 de março de 2021

quarta-feira, 31 de março de 2021

Mapa de actividade para este mês de Abril de 2021

Mapa de actividade para este mês de Abril de 2021

Tudo o que precisa de saber sobre a actividade dos peixes,

o tempo e previsões, marés e ainda mais  !!!

Abril de 2021

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segunda-feira, 22 de março de 2021

domingo, 14 de março de 2021

Pescar apenas com xalavar !

Esta é uma modalidade de pesca diferente - nunca tinha visto pescar apenas com xalavar !

sexta-feira, 12 de março de 2021

sábado, 6 de março de 2021

Perguntas frequentes (pesca lúdica - legislação)

Aqui encontra a resposta às perguntas mais frequentes que os pescadores lúdicos têm apresentado à Direcção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM). Clique aqui ou na imagem abaixo sff.




quinta-feira, 4 de março de 2021

Mapa de actividade para este mês de Março de 2021

 Tudo o que precisa de saber sobre a actividade dos peixes, 

o tempo e previsões, marés e ainda mais  !!!

Março de 2021

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quarta-feira, 3 de março de 2021

Iscos e Iscadas

A utilização de iscas naturais ainda é das melhores opções, apesar do preço cada vez mais alto, já que a maioria dos pescadores não se dá ao trabalho de apanhar o isco

Quando chegar ao pesqueiro, tente saber qual o isco que está a ser usado pelos pescadores que já lá se encontrem – esta é um boa forma de acertar com o isco. 

Tenha sempre o isco bem acondicionado para que se mantenha em boas condições. 

Mantenha as mãos limpas - o cheiro de óleos, bronzeadores, gasolina ou gasóleo e até do tabaco afugenta o peixe, afastando-o do isco, estragando assim a pescaria. 

Lembre-se que o tamanho do isco dever ser proporcional ao tamanho do anzol.

sábado, 30 de janeiro de 2021

CARTA DE UM PESCADOR À FAMÍLIA

 


CARTA DE UM PESCADOR À FAMÍLIA

“Vou novamente à Pesca  e vejo nos teus olhos a reprovação silenciosa de te deixar sozinha… Não me julgues, não é que eu não queira estar contigo, mas preciso de estar comigo mesmo e bem sei que, por mais que insistas em tentar compreender a paixão que tenho pela Pesca, jamais irás conseguir.

É que sinto na alma esse amor pelos espaços abertos, pelo e pela aventura. Preciso de um lugar arejado, com água e vento. Quero sujar-me, não quero preocupar-me com o meu aspecto, quero sentir o cansaço, que o sol queime a minha cara, e que o frio  a congele. Quero ver e ouvir o  mar, sentir a maresia na cara, ouvir os gritos das gaivotas e sentir a água a bater-me nas botas, as melodias orquestradas pelos vários animais ....… quero sentir a tua falta ‍e imaginar-te à minha espera !

Minto-te, e digo que este será o melhor dia de pesca  que vou ter na vida, apesar de saber que na próxima vez voltarei a dizer o mesmo… E, já no mar, estou feliz, sentindo uma paz única.

Ás vezes sinto que nasci na época errada, onde o triunfo do homem é medido em plásticos de cartão de crédito, onde o frio é regulado com um termostato e o calor do verão não existe, porque há aparelhos de ar condicionado. Nasci numa época de traições e lutas por uma conta bancária, por status, onde tudo se compra e tudo se vende.

Mas quando pesco, meu amor, afasto-me deste mundo horrível e venenoso. Afasto-me do conforto, do luxo e da televisão que nos idiotiza. Posso aceitar as regras do jogo, sou suficientemente civilizado para conviver neste mundo de loucos, mas deixa-me sair disto de vez em quando.

Amo as minhas canas, os meus carretos,  as minhas amostras e todo o meu material de pesca , porque são aquilo que me leva a este grande jogo, que é a pesca -  peço-te que não os vejas como um instrumento de morte, porque eles são um instrumento de vida. Não há forma de me sentir mais vivo do que quando os empunho diante do mar.

E verás que quando não o puder fazer mais, estarei por aí sentado ao sol, onde me ponham as mãos carinhosas dos nossos filhos ou as tuas, e um sorriso distante estará desenhado nos meus lábios secos. Não penses que a velhice é inevitável, pensa antes que estarei a lembrar-me de alguma pescaria e, se me vires triste e sozinho, entediado na minha cadeira, coloca a minha velha e gasta cana de pesca nas minhas mãos. Ao tocar nela, vou ser transportado no tempo… verás então que as minhas mãos apertarão esta velha companheira, tentando recuperar aqueles momentos que já se foram.

Meu amor, se hoje ou amanhã for à pesca para poder apreciar esses momentos e, assim, estar feliz., se acontecer alguma coisa enquanto estou no mar, que ninguém chore.

Que ninguém fique triste porque de certeza que eu estou a sorrir.

domingo, 3 de janeiro de 2021

AS CORVINAS NO RIO TEJO

AS CORVINAS NO RIO TEJO

             A corvina é uma espécie de peixe ósseo que pode atingir tamanhos superiores a 2 metros e mais de 100 kgs de peso



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terça-feira, 10 de novembro de 2020

Siluro - o demónio no Rio Tejo

«DE DIA PARA DIA, DE ANO PARA ANO, O NOSSO PEIXE NATIVO ESTÁ A ACABAR. DAQUI A 4 OU 5 ANOS ACABA MESMO. OS SILUROS COMEM TUDO, NÃO DÃO HIPÓTESE»

É o terceiro maior peixe do rio do mundo, pode atingir 2,80 metros e pesar cerca de 120 Kgs. O siluro invadiu o rio Tejo e está a reproduzir-se e a dominar ‘como um leão’ a fauna deste rio. E não só piscícola, pois há relatos de caçar patos e pombos nas margens. Só na barragem de Belver estima-se que possam já existir 10 mil siluros e, sem predadores, muitos peixes nativos que lhes servem de refeição estão em risco de desaparecer. Os pescadores já estão a sentir esta redução nas suas redes e temem que em poucos anos o Tejo fique sem peixe nativo… e eles sem modo de vida. O ICNF diz que será elaborado um plano de ação a nível nacional.


Vídeo: Marcação de Siluros na Barragem de Belver  -   Créditos: H. Henriques/Alamal River Club  

Também chamado de peixe-gato europeu, o siluro (Silurus glanis) é um peixe voraz e um predador de topo que não encontra rival e facilmente domina o ambiente onde entra. É o terceiro maior peixe de rio do mundo e pode atingir 2,80 metros e pesar cerca de 120 Kgs. Nativo da Europa Central e Oriental, o siluro foi introduzido na Península Ibérica na década de 1970, na barragem do Riba-Roja, no rio Ebro, em Espanha. Os especialistas acreditam que a partir daqui terá dispersado ou sido introduzido no Tejo por pescadores desportivos uma vez que é um troféu aliciante para esta comunidade. Ao Baixo Tejo terá chegado por volta de 2006.

Desde então tem vindo a reproduzir-se para números preocupantes. «Quando começamos a estudar a espécie em 2016, numa campanha de campo, apanhávamos aproximadamente 10 peixes durante uma semana. Actualmente, em três dias, apanhamos entre 20 e 30 siluros. Hoje em dia é comum os pescadores profissionais reportarem capturas de 30 a 50 siluros por dia. Em França, num rio mais frio e não tão produtivo como o Tejo, colegas da Universidade de Toulouse que trabalham com o siluro estimaram que em cada metro de rio existia um siluro adulto, com mais de um metro.

Os gémeos Dino e Dario Ferrari, de  Casalmoro (Mantova) entraram no Guiness 
com esta captura (spinning) de um siluro com 2,67m e 127 kgs

O perigo está literalmente à espreita. «O rio Tejo tem uma fauna única em Portugal, isto porque uma boa parte dos peixes nativos são endémicos de Portugal e Espanha, isto é, em todo o mundo só existem na Península Ibérica. E duas dessas espécies são endémicos do Tejo - só existem no Tejo e em mais lado nenhum do mundo - são elas a Lampreia-do Nabão e a Boga-de-boca-arqueada de Lisboa, esta última existe no troço principal. O rio Tejo tem ainda um conjunto de vários peixes migradores importantíssimos para nós, como a lampreia-marinha, a enguia-europeia, o sável, a fataça, todos eles são um recurso económico importantíssimo para as várias dezenas de pescadores que vivem nesta região. Também estes peixes migradores fazem parte da cultura do Ribatejo, dos pescadores Avieiros desta zona, fazem parte da identidade desta região. Ora o siluro é um predador de topo, é como ter um leão dentro de água, ninguém o preda e irá atingir enormes densidades alimentando-se destes peixes nativos» destaca Filipe Ribeiro, Doutorado em Biologia da Conservação e que  trabalha com peixes dos rios de Portugal desde 1998