Pescar é enfrentar saudáveis desafios, é fazer amizades, é conhecer novos lugares e abrir novos horizontes. É conviver com a natureza. É ser companheiro.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Entrevista ao Presidente da ANPLED na RTP2

Entrevista de João Borges, presidente da ANPLED - Associação Nacional de Pescadores Lúdicos e Desportivos, no Programa Portugal da Terra ao Mar, na RTP2, no passado mês de Setembro.



segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Cruzamentos no Tejo (2)

Com o Farol do Bugio como fundo, o Katembe cruzou-se, no Estuário do Tejo, com o mais bonito navio da Marinha de Guerra Portuguesa, o NRP Sagres.


O navio foi construído em 1937/38 nos estaleiros de Blohm & Voss, de Hamburgo, e o seu nome original foi Albert Leo Schlageter, para a Marinha Alemã. Hoje existem, ainda no activo, mais três navios construídos com os mesmos planos (o Tovarich da armada da Ucrânia, o Eagle da Guarda Costeira dos E.U.A e o Mircea, da Marinha Romena).

Com o final da 2ª Guerra, o Albert Leo Schlageter foi capturado em 1945 pelas Forças Aliadas no porto de Bremerhaven ficando na posse dos E.U.A., país que em 1948 o vendeu ao Brasil, que o baptizou como Guanabara ao serviço da sua Marinha.

Foi em 1962 que Portugal comprou a embarcação ao Brasil, baptizando-a de Sagres, passando, desde então, a servir como Navio Escola da Marinha de Guerra Portuguesa.

Uma das suas características mais conhecidas são as cruzes de Cristo vermelhas que ostenta nas velas, símbolo da Ordem de Cristo, que eram usadas pelos navios portugueses do século XV.

Características:
Deslocamento: 1725 t (máx. 1869 t)
Comprimento: 89.5 m
Comprimento à linha de água: 70 m
Boca: 12 m
Pontal: 7.55 m Calado: 5.5 m
Altura do mastro: 45.1 m
Área vélica: 1935 m2
Motor Diesel: 1.000 CV
Velocidade: 9 nós

Guarnição:
9 Oficiais
17 Sargentos
113 Praças
63 Cadetes (51 masculinos e 12 femininos)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Trocar o barco pelo kayak?

A pesca em kayak, que em Portugal conta ainda com um reduzido número de praticantes, está amplamente difundida pelo mundo, nomeadamente nos Estados Unidos. onde conta com muitos entusiastas. Para além de um contacto mais directo com o meio ambiente, a pesca de kayak é um tipo de pesca embarcada não poluente, e tem ainda a vantagem de proporcionar aos seus praticantes um salutar exercício físico.

Pioneiro e um dos grandes impulsionadores da modalidade em Portugal, o companheiro Rui Carvalho, praticante das várias modalidades de pesca, trocou em 2004 o seu barco para se dedicar ao kayak fishing.

Aqui fica, na 1ª pessoa, a justificação para a troca:

"Tenho muitos anos de pesca embarcada, barco próprio e sei bem que o prazer de estar aos comandos de uma embarcação é indiscutível. No entanto, não podemos evitar a parte menos boa: o investimento, que é muito grande (carta, barco, atrelado, acessórios, manutenção, revisões, seguro, selo, gasolina); há sempre locais onde não podemos ir porque estamos limitados ou pela proximidade de um porto de abrigo ou pela carta e ainda os inevitáveis amigos interesseiros.
Antes de muitos saberem que vinha a caminho uma lei limitadora para a pesca lúdica vendi o meu barco e passei a pescar apenas de kayak. Será que cometi uma loucura? Vejamos as vantagens:
- o investimento inicial é ridículo (um máximo 1300 euros, para um kayak equipado, registado e pronto para a pesca);
- não é necessária carta de marinheiro, nem seguro, nem selo; não tem manutenção, não gasta gasolina e não polui;
- embora só se possa afastar até 1 milha da costa não se fica limitado por portos de abrigo;
- deixei de ter “amigos” interesseiros, passando a ter amigos verdadeiros;
- passei a pescar também em água doce (achigã) e pratico todos os tipos de pesca que fazia no barco;
- vou a locais a que nunca tinha ido (nem sequer poderia) com o barco, e ainda faço exercício físico;
- e acabo por viajar bastante para pescar de kayak, sempre acompanhado por bons amigos.
Resumindo, pescar de kayak é muito mais do que pescar simplesmente - é uma verdadeira, agradável, salutar e permanente aventura."
Rui Carvalho.


Fotos: Rui Carvalho

domingo, 27 de setembro de 2009

A pescaria de hoje

Mais uma saída no Katembe, hoje, no Tejo. Muitas safias e uma dúzia de polvos, todos capturados quando pescávamos com anzol, pois não utilizámos polveiras.

LM

Ricky

Um agradecimento ao skipper Tony e à equipa da embarcação Xanda (na foto),
por nos ter cedido algum isco, depois do nosso se ter esgotado.


Cruzamentos no Tejo


Hoje, no Tejo, cruzámo-nos com o NRP Baptista de Andrade (F486), uma corveta de concepção portuguesa, vocacionada para a detecção submarina, de superfície e aérea, bem como para missões de vigilância e escolta.

Construída nos Estaleiros Navais Bazan, em Espanha, está ao serviço desde desde 19 de Novembro de 1974.

Equipada com 2 Motores OEW Pielstick 12 Pc2.2 V 400 Diesel (12.000hp), tem 85m de comprimento, 10,3m de boca, 3,3m de calado, atinge uma velocidade máxima de 22 nós e a sua tripulação é constituída por 7 oficiais, 14 sargentos e 51 praças.

Armamento: 1 peça de 100mm Creusot-Loire e 2 peças Boffors de 40mm/70
Radares: 1 radar de navegação KH5000 Nucleus e 1 radar de navegação Racal Decca RM 316P

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Balta e Rudy - Pescaria ao peixe porco

Os companheiros Balta e Rudy fizeram uma pescaria ao peixe porco em Sesimbra, na embarcação Razatlab. Fica o registo do dia - um pequeno vídeo (feito c/ o telemóvel) e duas fotos.


Balta

Rudy

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

MOTO AVARIA NO MEIO DO TEJO

Mais uma vez o Katembe estava lá. Desta vez dois companheiros numa mota de água, que após avaria na mesma ficaram à deriva no meio do rio, foram rebocados pelo Katembe até à Doca de Paço d'Arcos. Tudo correu bem, o que é para nós um motivo de satisfação.

Os dois aventureiros (de colete amarelo) e a mota a reboque

Já na doca - tudo ok!

sábado, 5 de setembro de 2009

Espadarte branco em Faro

No passado dia 20 de Agosto, a cerca de 8 milhas de Faro, o nosso amigo Zé Custódio, a bordo da sua embarcação, capturou um espadarte branco (espadim branco) com cerca de 65 kgs, ao corrico, com linha de 40 lbs, que se bateu durante mais de uma hora.
O peixe não foi libertado pois chegou ao barco num estado em que já não tinha quaisquer hipóteses de sobrevivência.






ESPADARTE BRANCO ou ESPADIM BRANCO
Tetrapturus albidus Poey, 1860
O espadim branco é um peixe de grande porte quando adulto, normalmente solitário, que vive até aos 800 metros de profundidade, e pode atingir os 90 kgs e cerca de 3 metros de comprimento. Muito rápido (atinge velocidades próximas dos 60km/h) e agressivo, as sua presas naturais são peixes, cefalópes e moluscos. Pode, por vezes, ser visto a nadar à superfície, expondo a sua barbatana dorsal e a parte superior da cauda. É encontrado nos Oceanos Atlântico e Pacífico e também no Mar Mediterrâneo.
A sua pesca é feita exclusivamente ao corrico, tanto com iscas artificiais como com peixes vivos (atum, bonito, peixe voador) e é dos troféus mais cobiçados no Big Game.
A sua carne é utilizada na alimentação humana. É uma espécie em risco moderado de extinção: (41 em 100 - Cheung, W.W.L., T.J. Pitcher and D. Pauly 2005 A fuzzy logic expert system to estimate intrinsic extinction vulnerabilities of marine fishes to fishing Biol. Conserv. 124:97-111)

Em inglês: Atlantic white marlin

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

PARGO SÊMEA (pagrus auriga)

Na última saída na nossa embarcação em VN Milfontes capturámos dois exemplares de uma espécie que é rara por aqueles lados (o pargo sêmea ou pargo da rocha), uma espécie de pargo que ocorre mais vulgarmente na costa mediterrânica e na Madeira, e é muito abundante ao longo da costa africana. (ver a mensagem Pescarias em Vila Nova de Milfontes, de 18 Agosto de 2009).

Para mais detalhes clique na imagem sff

Pagrus auriga Valenciennes, 1843

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O Governo PS e a Lei da Pesca - Vídeo

Prémio Melhor Grande Reportagem na primeira edição do Grande Angular - Festival de Jornalismo Televisivo

Realização: Tiago Cravidão

Sucessivas leis têm vindo a privatizar o espaço público. Tenta-se proibir a pesca nos parques naturais, depois nas zonas costeiras, agora também em rios. Estas e outras leis são formas de privatização da propriedade, formas de expulsar as populações aí residentes, tirando-lhes os meios de subsistência para vender aquilo que era de todos – primeiro é um parque natural, uma reserva, depois passa para a gestão privada. Projectos turísticos e de agricultura intensiva estão previstos em toda a costa de Portugal, uns vendidos para resorts à filha do José Eduardo dos Santos ou ao Sousa Sintra, outros para marinas privadas. Já vedaram as Pedras d’el Rei para campos de golfe; deram entrada projectos para fazer o mesmo em Odeceixe, na foz do Alcoa na Nazaré, na Polvoeira… Do Minho a Sagres, como mostra o cartaz divulgado pelos movimentos. Um movimento de pescadores e outros cidadãos de todo o País está a lutar contra estas leis. A eles juntaram-se milhares de pessoas em todo o País que defendem o mar livre, são contra praias privadas e querem ter na costa um meio de lazer público. A Rubra junta-se a todos aqueles que de Norte a Sul dizem Mar Privado? Não, Obrigado! Fomos à Costa Vicentina e à Nazaré ouvir dezenas de testemunhos locais e fizemos um filme que mostra quem aí vive, como vive e todos os negócios escuros por trás de uma proibição de ir à pesca. Segue-se um debate/reunião aberta com representantes dos movimentos de pescadores e de cidadãos contra a privatização das praias e da orla costeira para o qual convidamos todos os indivíduos, movimentos e organizações.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Pescarias em VILA NOVA DE MILFONTES

Saímos (Jomar, LM e Chico) na nossa embarcação (I de Sines) neste fim de semana (tanto no sábado como no domingo) em VNM. Os dias estiveram agradáveis, sem vento, com muito calor mas pouco peixe.
Entre as safias, choupas, carapaus e alguns parguetes saíram dois pargos sêmeas que mereceram umas fotos, tanto pela sua raridade como pela sua beleza (um com cerca de 1 kg e o outro quase com 2 kgs).

O Chico na luta


Já cá está ! Um peixe lindo !


A navegar


Jomar

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A fiel companheira a bordo do Katembe

Não, não é uma imagem publicitária...
É a fiel companheira das pescarias de verão !!!

Ricky