O companheiro José Carlos apanhou logo uma dourada em Aveiro.
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Pescar é enfrentar saudáveis desafios, é fazer amizades, é conhecer novos lugares e abrir novos horizontes. É conviver com a natureza. É ser companheiro.
Na Sexta-feira, começo a pescar à bóia, na enchente, mas as tainhas invadiram o local, permitindo apenas a captura de 2 sargos e uma safia. Mudei de técnica, montando uma chumbada furada de 30gs - lançamento mais para a frente, com um mexilhão apanhado no dia anterior, caindo junto a uma pedra... esperei bastante tempo, mas quando começo a recolher, algo se fez ao mexilhão e começo a sentir umas belas cabeçadas... um sargo grandalhão, pensei eu, mas ao fim de algum tempo a puxá-lo, comecei a achar estranho continuar a bater tanto... o sargo a meio do caminho costuma "amansar".
Como pescava com linha 0,25mm, tive o cuidado de preparar o local onde iria tirar o peixe, pois pescava em cima de uma pedra. O peixe furou-me os planos e arrancou para outras bandas e lá tive eu de me desenrascar. Fui obrigado a levantar o peixe no ar com ajuda de uma onda e metê-lo em cima da pedra. Foi por pouco, a linha partiu já com o peixe em cima da pedra... aqui está ele, e como previ a meio do "caminho", não era um sargo.
Texto e fotos: Jorge Ponte
Falo muito com os pescadores locais sobre os pesqueiros da zona, para onde lançam, junto a que pedras, quais os melhores caneiros, a melhor altura da maré... Quando os encontro observo atentamente os locais onde pescam e as técnicas utilizadas. Eu próprio, apesar de ter apenas 21 anos, já conheço muito bem toda a zona, já que desde que nasci ali vou e ali pesco, palmilhando aquelas rochas aos polvos, aos cabozes, aos caranguejos, etc, apercebendo-me dos sítios onde dá o melhor peixe. Em pesqueiros com várias opções vou já com ideia de onde vou lançar, utilizando o conhecimento do local anteriormente adquirido. O que não me impede de ás vezes experimentar, até locais onde nunca deu nada, pois nunca se sabe...
Estou certo de que este conhecimento faz, por vezes, a grande diferença. Conveniente é ter um lançamento preciso, porque na zona é essencial colocar a chumbada no sítio certo, pois se vai 1 metro ao lado, é chumbada perdida.
Texto: Jorge Ponte - Fotos: Jorge Ponte e Katembe
No final da pescaria, mais uma hora decorrida...
Com a maré a encher, fui recuando ao sabor da mesma até chegar á praia em si, onde ainda deu para apanhar mais 3 bons sargos. Muito bom, tendo em conta as condições!
Terça-feira, 26 de Abril: Fui de manhã fazer uma experiência, ver o que dava fazer uns lançamentos á maré cheia neste local, onde o mar tirou a areia toda há uns meses e as rochas se apresentam cheias de um limo verde que os sargos ás vezes gostam de comer.