Por Miguel Castro
Praia de Santo Amaro de Oeiras
Uma certa 5ª feira, por volta da 00h30, na Praia de Santo Amaro de Oeiras, a noite estava para esquecer, pensava eu: uma ventania danada e o mar batia de tal forma que nem as chumbadas de 180 gramas aguentavam a iscada no mar.
Mas vinte minutos depois do 1º lançamento a cana bateu de tal forma que até o suporte rasgou a areia e a cana quase caía ao chão, tal a violência do toque. Apressei-me a agarrá-la e ..... meu Deus, a força do bicho era tal que apenas o carreto o segurava.
No momento pensei que nao teria fio que chegasse para acalmar o peixe, mas depois de uns minutos ele começou a ceder - mesmo assim foram 30 minutos de luta , ora anda cá ora vai lá - o peixe assim o queria, pois cada vez que sentia a barriga na areia virava a cabecinha e era ter força e tentar manter o drag ajustado para não partir a linha e ao mesmo tempo não permitir a fuga do animal. Passado algum tempo tive que gritar para uns amigos pescadores que estavam por perto para me darem uma mãozinha e um deles entrou um pouco dentro da água e assim que o robalo estava ao seu alcance agarrou-o pelas guelras e roubou-o ao mar.
Como me considero um pescador médio, até me custava a acreditar que tinha tirado um animal de tal tamanho!
Depois de medido e pesado o menino tinha nada menos que 94 cm de comprimento e 7,8 kgs de peso.
O peixe da minha vida e uma história para contar aos netos.
Material utilizado: anzol mustad chinu 2/0 - cana linha effe tunasurf - carreto okuma - fio hiro 0.40 e iscada generosa de sardinha
O robalo já nas minhas mãos (foto de telemóvel)