Pescar é enfrentar saudáveis desafios, é fazer amizades, é conhecer novos lugares e abrir novos horizontes. É conviver com a natureza. É ser companheiro.

domingo, 8 de maio de 2011

Técnicas de pesca na Costa Vicentina


Na Costa Vicentina, as técnicas de pesca são muito rudimentares. Vejo muita gente no resto do país a usar destorcedores, líquidos luminosos, estralhos XPTO, pérolas, anzol em estralhos independentes acima da chumbada... enfim, muitas coisas que por lá são consideradas "mariquices", com todo o respeito a quem usa, claro, e pode ter as suas vantagens. Só digo isto para frisar que, em termos de técnicas, não há muito a esconder por parte daquele pessoal; é o mais simples que pode haver: passar o fio do carreto por uma chumbada furada, fazer o laço, e unir este ao laço do estralho com o anzol. Claro que há técnicas, iscos, formas de engodar, etc, mas não é isso que considero o mais importante nem o que explica as grandes pescarias.


O que acho que faz a verdadeira diferença é o conhecimento dos locais, das correntes, se é bom com mar manso ou bravo, se é melhor em marés mortas ou vivas; conhecer os buracos dos sargos, onde costumam ir comer, os tipos de águas, a morfologia do fundo; um pescador que não conheça o pesqueiro, pode estar com maré cheia a atirar para cima de uma pedra bicuda, pois não sabe como é o fundo! E esta sabedoria só se adquire com a experiência, indo muitas vezes pescar. É por isso que, mesmo quando há uma pescaria fraca, penso sempre que de certeza que saio daqui melhor pescador que quando cheguei.




Falo muito com os pescadores locais sobre os pesqueiros da zona, para onde lançam, junto a que pedras, quais os melhores caneiros, a melhor altura da maré... Quando os encontro observo atentamente os locais onde pescam e as técnicas utilizadas. Eu próprio, apesar de ter apenas 21 anos, já conheço muito bem toda a zona, já que desde que nasci ali vou e ali pesco, palmilhando aquelas rochas aos polvos, aos cabozes, aos caranguejos, etc, apercebendo-me dos sítios onde dá o melhor peixe. Em pesqueiros com várias opções vou já com ideia de onde vou lançar, utilizando o conhecimento do local anteriormente adquirido. O que não me impede de ás vezes experimentar, até locais onde nunca deu nada, pois nunca se sabe...



Estou certo de que este conhecimento faz, por vezes, a grande diferença. Conveniente é ter um lançamento preciso, porque na zona é essencial colocar a chumbada no sítio certo, pois se vai 1 metro ao lado, é chumbada perdida.


Texto: Jorge Ponte - Fotos: Jorge Ponte e Katembe

sábado, 7 de maio de 2011

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Saída de Hoje no Katembe I

Mar picado mas pouco vento, apenas camarão como isco e umas horas de divertimento a bordo do Katembe I. Quatro horas de pesca e o resultado ... 26 safias e 10 sargos legítimos, para além de dúzias de alcorrazes devolvidos à água. Uma manhã divertida e bem passada!






terça-feira, 3 de maio de 2011

Festival de Páscoa - Sargos na Costa Vicentina

Pois cá estou eu de volta, infelizmente, pois isso significa o fim de umas férias por Terras Vicentinas, como de costume. Aqui fica o resumo da praxe, acompanhado de umas fotos.

Quarta-feira, dia 20 de Abril: Para primeiro dia, apenas umas 2 horitas a fazer a enchente na praia, para ver se comia algum sargo. O mar era bravo, com cerca de 3/4 metros, o que dificultou um pouco a acção de pesca. Porém, isso não impediu o peixe miúdo de infestar a zona, permitindo apenas uma boa captura de um sargo com cerca de meio kilo.

Sexta-feira: Depois de no dia anterior as cargas de água com trovoada terem impedido um dia de pesca, fui para uma zona com muita pedra e pouca profundidade, mas onde os sargos gostam de ir roer as cracas das rochas. O mar era um pouco agitado, mas certo e apetitoso para dar uns bons sargos. Ao fim de 4 horas o resultado já era este...




No final da pescaria, mais uma hora decorrida...




Foram no total 21 sargos que perfaziam 12 kg, resultando uma média de 570 g por peixe. Os grandes, á volta de 700/800 g foram quase todos capturados na fase final, uns atrás dos outros, quer por mim, quer pelo meu tio. Foi um festival... Fica uma imagem do pesqueiro, com maré cheia, quando deu a maior parte do peixe. Com a maré baixa, ficam as rochas todas á mostra...




Sábado: Que grande ventania, e a coisa não correu bem logo no início com uma ponteira partida , pois uma rajada de vento tombou a cana pousada. Felizmente tinha levado uma segunda cana. O mar era grande e muito desordenado, as coisas pareciam feias. Após uma decisão difícil, decidi experimentar fazer um lançamento, num local que nem parecia ter muito jeito, com muita pedra e que ficava as vezes quase a seco quando o mar recuava, mas fazia umas poças no meio. O lançamento era complicado, o vento encurvava a linha toda, difícil sentir o peixe... mas veio logo um sargo! Eh lá... pois é, 4 lançamentos, 4 sargos naquele sítio. E depois de 2 ou 3 em que não deu nada... uma porrada na cana, levantar bem a mesma para o peixe não entocar e um espera interminável para que as ondas trouxessem mais água. Um pânico por prender um peixe daqueles num sítio cheio de "armadilhas". Mas com muita calma, e guiando o peixe pelos caneiros, chegou a terra. Tirei logo umas fotos, um belo sargo que tinha com certeza por volta de 1 kg, senão mais pois estava bem gordo...





Com a maré a encher, fui recuando ao sabor da mesma até chegar á praia em si, onde ainda deu para apanhar mais 3 bons sargos. Muito bom, tendo em conta as condições!

Terça-feira, 26 de Abril: Fui de manhã fazer uma experiência, ver o que dava fazer uns lançamentos á maré cheia neste local, onde o mar tirou a areia toda há uns meses e as rochas se apresentam cheias de um limo verde que os sargos ás vezes gostam de comer.





Resultado, 6 sargos bons (300/400 g), que até tinham os dentes verdes com as algas que estavam a comer, sem falar nos estômagos! A minha previsão acertou desta vez... Nessa tarde, noutro local, muito peixe miúdo, mas mais 2 sargos e uma safia (a primeira!).

Quarta-feira: Regresso á Quebrada para ver se o peixe ainda por lá parava! A pesca não correu tão bem. O mar enchia bastante menos, devido á maré, e não meteu água suficiente para os sargos virem comer aos laredos como no outro dia. Mesmo assim, 4 sargos, um deles bem grandote com umas 700 g, e 2 safias (sejam bem aparecidas)!Quinta-feira: Pesca na Pedra, que me surpreendeu logo pela derrocada que houve na falésia e dificultou imenso o acesso, tendo agora de ser feito com auxilio de cordas. Não foi excepcional, mas peixe aqui e ali, 5 bons sargos, 2 safias e 1 tainha para massada!

Sexta-feira: Chovia a potes. Por isso, em vez de ir as 8 da manhã como previsto, só ás 11 estava no Aipo a pescar. Começou a chover de novo torrencialmente, e experimentei pescar à bóia, pois o mar tinha caído muito. 2 vezes que lá meti a bóia, 2 sargos, um deles por volta do meio quilo. Isto está bem encaminhado, pensei... puro engano, as bogas trataram de me estragar a pescaria! Nem mais 2 horas pesquei antes de me vir embora todo ensopado da chuva.

Finalmente, Sábado: Novamente na Quebrada para despedida, mas a pensar pescar á bóia. A coisa correu muito mal, com 2 sarguitos pequenos devolvidos ao mar e uma salema. Bem, tenho de levar peixe para cima! O mar tinha subido bastante entretanto e fazia já muita espuma nos laredos. Então decidi experimentar na maré cheia uns lançamentos. Foram 5 sargos, um deles já de beiças gordas, com umas 700 g, e os outros entre 300/400g. Ufa, safei a grade agora no fim!

E assim, se resume uns dias fenomenais de pesca, com 43 sargos, 5 safias... e afins. Sem contar com as capturas do meu tio enquanto lá esteve!

Um abraço
Jorge Ponte



(texto e fotos)

domingo, 17 de abril de 2011

1º Meeting Spinning e Buldo "Horizonte & Mar"

Depois de a Prova ter sido adiada para hoje, 17 de Abril, devido às condições climatéricas no dia inicialmente marcado, aqui fica o testemunho dos excelentes exemplares que tornaram esta prova um evento inesquecível.


Os 3 primeiros classificados


O 3º classificado foi o amigo Nuno Xavier, membro do Fórum Katembe (dirtª na foto)

Pescarias - a malta do Katembe

sábado, 16 de abril de 2011

Saída hoje, 16.04.2011, no Katembe I

Saída do Katembe I hoje no Tejo, com um excelente dia para a pesca, embora com pouco peixe. Aqui ficam algumas fotos. Os habituais sargos e safias e alguns carapaus.




domingo, 3 de abril de 2011

Vídeo do Mês da ZON

O Katembe no Vídeo do Mês da Zon - Canal Caça e Pesca e website Tiro e Linha - Mês de Março de 2011

sábado, 2 de abril de 2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

O Robalo do Zeca


Chegados mais a Norte, eu e o Nuno Xavier e o Gonçalo (Favais), o cenário era este... só dava pessoal de cú para o ar, na apanha ou do famoso bivalve (mexilhão) ou na apanha da famosa e não menos gostosa Percebe... Eram homens, mulheres e crianças... sacos de serapilheira cheios, na areia á espera de transporte para as respectivas viaturas... emfim... era um fartote...

Embuídos deste espírito, o Nuno e o Gonçalo decidiram fazer o mesmo, e nem as canas armaram...eu, na minha fé inabalavél, agarro na cana e, vamos lá então, que me cheira que aqui sim, é que vai ser...

Comecei por colocar uma amostra com as cores da cavala... nada. Troco pela noiva pois se os gajos não queriam o noivo, a branquinha poderia ser mais atrativa, insisti e voltei a insistir, pois o espumeiro estava cada vez mais generoso... e nada, nadinha. Estava quase a desistir, pois a maré tinha já subido um bom pedaço e os dois compinchas já não conseguiam chegar ao marisco, e já estavam a reunir-se nas minhas costas para abalar-mos... Estava nesta situação quando o Nuno diz, “bota uma zagaia, que com este sol, brilha muito...”, ao que eu disse “ fonix, ainda não me tinha lembrado dessas, não tenho as verdes, mas se a intenção é o brilho, tenho aqui as azuis...”

Sem nada a perder, troquei da noiva para a zagaia e lá faço um lançamento... o resultado era o mesmo, a não ser ter tocado ligeiramente numa pedra, que por ali “andava”. Ao segundo lançamento, “rigth on the money” (estava mesmo no local certo) pensei eu... deixo a zagaia tocar no fundo, e começo uma recolha mais lenta com uma ou outra pausa pelo meio... A cerca de 30 metros sinto um toque... páro... inicio nova recolha e “TAAAAUUUUU” senti-lhe o peso... “éhh lá”.. começa a correr a cana a dobrar e a linha a sair... o Nuno não cabia em si... saltava de pedra para pedra... “viste...viste???” , o bicho deu mais três cabeçadas, mas rendeu-se de seguida... custou trazê-lo pois a zona era de pedra e o mar estava a bater com uma força razoável... chegado ao local combinado, já lá estava o Nuno com o grip pronto... e foi só içá-lo !!!

Macho.
Mediu 63cm.
Pesou 2,7Kg

Ficha técnica
Cana: Sakura Rookie 2,92m
Carreto: Daiwa Luvias 3000
Multi: Berkley Fireline Cristal 0,10mm
Shock Leader: Seaguar Ace 0,37mm
Clip: Hiro Snap nº2
Amostra: Zagaia Artesanal


Obrigado ao Cabé, Vasco, Gonçalo, e em especial ao Nuno Xavier.

Texto: Zeca Santos - Fotos: Nuno Xavier

segunda-feira, 14 de março de 2011

O pargo do Jomar

Ontem, domingo, o Jomar tirou este bonito pargo com 5,3 kgs ao largo de Vila Nova de Milfontes.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O fim da Revista "O Pescador"

Infelizmente para todos os pescadores portugueses e para a pesca lúdica e desportiva em Portugal, que assim fica mais pobre, a Joeli Publishing decidiu encerrar quatro das revistas que vinha publicando no nosso País, entre elas a Revista mensal "O Pescador", invocando "fraca circulação " e "fraca publicidade".

Elisabeth Barnard, fundadora da editora, confirmou a suspensão dos títulos Com’Out, O Pescador, Portugal Dive e Mundo das Plantas & Jardinagem.



O Katembe deixa aqui um abraço de solidariedade ao amigo Dinis Ermida, o seu Director.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

1ª Feira de Pesca de Setúbal

Vai realizar-se nos próximos dias 1, 2 e 3 de Abril de 2011 no Parque Urbano de Albarquel a 1ª Feira de Pesca de Setúbal a 1ª Feira de Pesca de Setúbal

Organização: Câmara Municipal de Setúbal
Enquadramento: 9ºs Jogos do Sado

Parcerias
Clubes Parceiros Locais:
Clube “Os Amarelos”: Apoio à organização
Clube Companhia dos Mares: Organização do Campeonato Nacional da 3ª. Divisão de Pesca Embarcada de Alto Mar.
Clube de Amadores de Pesca de Setúbal (CAPS): Organização do Grande Prémio de Setúbal de Pesca à Bóia.

Lojas Parceiros Locais:
Casa Pita
Companhia das Marés
Custom by 7EVEN
Outros Parceiros:
Tribo Fishyak
Kayak Fishing Fórum

Para inscrições ou mais informações por favor contactem Ernesto Lima - Telefone 963579132

domingo, 23 de janeiro de 2011

Pescaria de hoje, 23 de Janeiro

A remar contra a Maré, e contra todas as "previsões", tivemos uma jornada maravilhosa!!! Desde a nossa chegada às 05.30h da matina, até ás 11.00h, passámos por tudo, desde o puro prazer de pescar, galhofa, camaradagem, até safar a grade com um belo exemplar (Xavier-Jerbey), e a degustação dos bons e deliciosos enchidos e deliciosos néctars. Só me resta agradecer a este Povo que, sempre em nome do KATEMBE, sabe divertir-se e viver em Paz e Harmonia com o MAR. Grande Abraço .
Cabé

É verdade... hoje fui muito feliz, mas não mais do que se tivesse sido outro a tirar o Peixe. Provou-se mais uma vez a minha paixão por este pesqueiro, que tantas vezes tento "impingir" aos meus amigos. Quem lá esteve, viu que antes do meu saiu um Robalo bem maior. Insistam mais vezes por aqui e vão ver como me fazem feliz. Quanto mais não seja, por vos ter por perto.
Xavier (Jerbey)


Paulo Moreira

A equipa
Texto: Cabé e Xavier
Fotos: Costa

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Bóia de arinque

A âncora (ferro) de uma embarcação, para além de ser utilizada para fundear num determinado local, para se pescar, tomar uns banhos ou simplesmente para uns momentos de descanso, é uma peça fundamental para situações de emergência, nomeadamente nos casos de avaria do motor, evitando que se fique à deriva ou que se seja arrastado para situações muito perigosas. A existência de dois ferros disponíveis e em boas condições a bordo é sempre recomendável, por razões evidentes.
Tipos de âncoras

Para que o ferro se mantenha numa posição ideal, de modo a que se enterre facilmente, deverá estar ligado a uma corrente, normalmente de tamanho nunca inferior ao comprimento da embarcação, que, com o seu peso, o obriga a permanecer deitado, proporcionando ainda um efeito de amortecedor que minimiza os movimentos provocados pela agitação das águas.


Na manobra de fundear, o ferro nunca deve ser atirado mas sim descido até tocar o fundo, soltando-se depois a amarra, devagar, de modo a facilitar o unhar no fundo. A descida do ferro deve ser sempre feita à proa da embarcação por um tripulante, evitando-se que seja quem está a manobrar o barco e tendo-se atenção a que não haja qualquer entrave ao desenrolar do cabo.

Atenção ao soltar a amarra


Com bom tempo e um fundo normal deve largar-se 3 a 5 vezes mais cabo que a profundidade no local (com a maré em preia-mar) – com mar mais “rijo” aumenta-se para 5 a 7 vezes.
Depois de fundeado e o cabo amarrado ao cunho, deve ter-se atenção, através de referências fixas na costa, se o barco garra (descai), para que não ocorram situações desagradáveis e perigosas.



A bóia de Arinque, também conhecida por balão ou bolona, para além de assinalar o local onde está o ferro, evita a perda de âncoras. Trata-se de um 2º cabo (cabo do arinque) que é preso à cruz da âncora, ao contrário do cabo principal que é preso ao olhal da sua haste. Na extremidade do cabo do arinque é colocada uma bóia, que marca a sua posição. Desta forma, sempre que não se consegue recolher o ferro com o cabo principal, utiliza-se o cabo do arinque, o que, na maioria das vezes, resolve o problema do ferro preso. O comprimento do cabo do arinque deve ser sempre um pouco superior à profundidade do local de fundeio (1 + 1/3).

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O Danidio

Estivemos no passado fim de semana no Danidio, embarcação do Jomar, para ver como estava depois de algumas semanas de chuva e vento, no Portinho do Canal, em Vila Nova de Milfontes, onde se encontra ancorado. Motores a trabalhar, algumas limpezas e a confirmação de que tudo estava ok.

O Danidio é um barco da marca Sessa mod. Fishing Line, com um motor Mariner a 4 tempos de 115 cavalos e um motor auxiliar Mercury de 9,9 cv.











O Robalo do Ricardo

Numa destas noites, no Tejo, o Ricardo teve uma boa surpresa, ao ferrar um robalo com mais de 5 kgs. Clique na imagem para saber tudo.