Os peixes possuem um coração relativamente primitivo.
Trata-se de um coração tubular em “S” que apresenta quatro cavidades de contracção sequenciais: o seio venoso, o átrio, o ventrículo e o bulbo. O seio venoso tem a parede fina e recebe o sangue vindo das veias sistêmicas que o direcciona para o átrio através das válvulas sino-atriais. O átrio, também de parede fina, está posicionado sobre o ventrículo e tem uma válvula na saída. O ventrículo, de paredes espessas, é responsável pela propulsão do sangue para o bulbo arterial (de formato triangular) e para a parede muscular.
O tubo seqüencial que é o coração dos peixes bombeia sangue saturado de dióxido de carbono num fluxo único para a região anterior do animal. Como os peixes têm respiração branquial, o arco aórtico gera ramos branquiais que conduzem o sangue pobre em oxigênio do bulbo arterial para as brânquias e daí é drenado para a aorta dorsal sendo então distribuído pelo corpo do animal.
A circulação nos
peixes é bastante parecida com a dos outros vertebrados de circulação fechada.
O coração bombeia o sangue para a aorta ventral, que o distribui para os vasos
aferentes das brânquias. O sangue passa pelas brânquias, onde ocorre grande queda
da pressão devido à resistência dos capilares branquiais, e termina na aorta
dorsal, que distribui o sangue para os diferentes tecidos sistêmicos. Após
passar pelos capilares sistêmicos, o sangue retorna ao coração pelas veias.
O tamanho e o desempenho do coração estão relacionados com o quão fisicamente activos os peixes são. Espécies relativamente inactivas e lentas tendem a ter corações pequenos e débito cardíaco baixo, enquanto espécies ativas tendem a ter corações grandes e alto débito cardíaco.
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