segunda-feira, 8 de março de 2010

Pesca Embarcada – A escolha do grupo

Quando se fala em pesca embarcada, aquilo que nos vem de imediato à cabeça é o material que vamos utilizar, o isco, a técnica, o farnel e pouco mais. É natural que nos preocupemos com tudo aquilo que vai ter uma influência directa na pescaria: se não nos vamos esquecer de alguma coisa, se tudo está nas devidas condições, etc.

Mas há um outro dado, de extrema importância, mas permanentemente desvalorizado por todos: a companhia a bordo. Quem vai pescar connosco durante horas a fio, dentro dum espaço limitado que favorece e potencia atritos decorrentes de quaisquer incidentes e as consequentes reacções que possam provocar, que muitas vezes não são as mais simpáticas nem as mais adequadas às circunstâncias. Estar dentro de um barco no meio do mar, com as emoções estimuladas, não é a mesma coisa que estar no café ou outro local a conversar ou a discutir qualquer assunto.

É sempre aconselhável que se tenha alguma atenção à composição do grupo que vai embarcar, procurando evitar que quaisquer incompatibilidades possam vir a criar um mau ambiente a bordo, o que seria desagradável para todos. Porque somos todos singulares e diferentes, temos também formas diversas de reagir às mesmas situações, o que pode gerar conflitos difíceis de gerir num ambiente tão limitado, estragando um dia inteiro de pesca.
Para além destas eventuais incompatibilidades, há ainda aqueles que são propensos ao enjoo, os quais, de uma forma distinta, podem também estragar um bom dia de pesca. Um companheiro enjoado/mareado exige compreensão, paciência e alguma ajuda, o que, para quem está concentrado e entusiasmado a pescar, pode ser extremamente desagradável.

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