terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Só um exemplar de relevo

Saímos hoje em Paço d'Arcos para testar o novo motor Honda e aproveitámos para fazer duas horitas de pesca. Para além de um polvo no anzol, algumas safias e alcorrazes, apenas um bonito salmonete tirado pelo Ricky merece algum relevo, pelo seu tamanho.

Ricky e o salmonete


A lavagem

O regresso


domingo, 6 de dezembro de 2009

O novo visual da velhinha

Está finalmente concluído o novo visual da nossa carrinha Ford Escort, que para além do site passa a publicitar também o JIG - Pescar em Milfontes. Os agradecimentos do Katembe ao Jorge (Mestre e proprietátio do JIG), que foi o autor da decoração.







segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Cana para pesca à bóia - como escolher

A escolha de uma cana para pescar à bóia no mar não é fácil. Na escolha, deparamo-nos com diversas características que podem tornar 2 modelos de canas tão diferentes entre si, o que nos pode levar a dizer, injustamente, que a “cana não presta” ou “esta é que é boa”.

No meu entender, existem 3 questões que influenciam uma correcta escolha da cana e que são:
- Que tipo de cana é o indicado para os locais onde pesco?
- Que tipo de cana é que eu gosto
- Como identificar as características de uma cana.
Para um pescador iniciado ou para aquele que pretende adquirir uma cana de qualidade, deve ter em atenção o seguinte: que tipo de cana é o indicado para os locais onde pesco?

Sobre a primeira questão temos de ter em conta o tipo de pesca fazemos e a morfologia dos pesqueiros. Comprimento da cana Se pescamos ao nível da agua ou em pontos mais elevados e se temos obstáculos. Estes dados permitem-nos definir se uma cana de 5mts é suficiente ou se precisamos de 6 ou mesmo 7mts. Uma cana mais curta tem vantagens na sua maneabilidade devido ao seu pouco peso e comprimento. Este tipo de canas destina-se a pesqueiros ao nível da agua, sem obstáculos e com pouca profundidade e para a utilização de bóias fixas.

A vantagem das canas grandes - >6mts - é poder evitar obstáculos tais como pedras que existem em alguns pesqueiros, tirar a linha da rebentação quando se pesca mais ao nível da água, ou com mares mais mexidos, pescar com bóias fixas a maiores profundidades e em caso de ferragem de peixe uma cana maior trabalha melhor o peixe do que uma cana curta.

A grande desvantagem é o seu peso e desconforto e em dias de vento pode-se tornar complicado a sua utilização. Penso que os 6 mts é uma boa medida, que permite fazer uma pesca em qualquer lado.

No caso das canas maiores, de 7 mts, esta é utilizada para formas de pesca e condições mais específicas. Por exemplo na pesca ao tento com bóia ou simplesmente com chumbo de correr, tem grandes vantagens pelo seu elevado alcance.

Poder de levantamento: outro factor a ter em conta é a carga de ruptura da cana. Este factor é importante para quem pesca bastante acima do nível da água ou para quem pesca em esporões e não pode utilizar camaroeiro ou cesto. Aqui o tamanho médio das capturas também tem influência.

A meu ver não é preciso uma cana que levanta 5kgs que é forçosamente mais pesada, quando as nossas capturas são exemplares com menos de 1kg Uma cana com carga de ruptura de 2kgs chega perfeitamente. Em caso de peixes maiores há formas de os tirar, quer utilizando utensílios próprios para o efeito quer encalhando .

Quando este tipo de capturas for mais frequente então pode-se equacionar a aquisição de uma cana com este tipo de características. Que tipo de cana eu gosto? Sobre a segunda questão, para aquilatar o tipo de cana de que se gosta, eu aconselho que vá experimentando várias canas com características diferentes, de forma a saber o que realmente gosta e se se adequa à sua forma de pescar.

Cada pescador tem a sua forma de pescar e, pegando no meu exemplo, as minhas escolhas recaem sobre as seguintes características:
A primeira opção é pelas as canas grandes. Já não consigo pescar com canas pequenas. Em acção de pesca parece que falta qualquer coisa na cana.
A segunda é a rigidez das canas: têm de ser rijas e direitas quando esticadas. Na pesca com bóias tipo caneta, aos sargos, a cana tem de ser rija e com acção de ponteira e leve com C.W. baixo, com um poder de levante na ordem do 1.5kg.
Na pesca de peão a cana tem de ser muito sensível na ponteira e semiparabólica na acção com poder de levante q.b. - aqui o C.W. é mais abrangente, chegando até às 100grs.

Para pescas fortes escolho sempre uma cana rija e potente, capaz de suster um bom peixe, e que me transmita confiança, quer na ferragem do peixe quer na sua recuperação. Não é fácil encontrar material que possamos experimentar, mas podemos sempre tentar junto de amigos de vício. Aconselho ainda que se faça a observação do trabalhar do material junto de outros pescadores, trocando informações junto destes.
Podemos também procurar junto das lojas de pesca que possam ter material usado e que possam disponibilizar para experimentarmos, orientando-nos para uma correcta escolha da cana.

Como identificar as características de uma cana:

Depois de analisarmos estes dados e escolhemos em traços gerais o tipo de cana que queremos, vamos então inclinar-nos para as características fundamentais de uma cana, que fazem com que 2 canas sejam tão diferentes entre si. A acção da cana, o Cast Weight, o equilíbrio, e o equipamento.

Acção da cana: a acção da cana varia entre Acção Parabólica e Acção de Ponteira, havendo ainda uma acção intermédia, a Semi Parabólica.

Acção Parabólica: define-se pela curvatura de praticamente todos os elementos da cana quando sujeitos a um esforço acentuado. Este tipo de canas são canas mais macias e com uma ferragem lenta. Isto quer dizer que quer um movimento imprimido pelo braço até chegar à bóia é mais lento, podendo perder eficácia. No entanto este tipo de cana é bom para trabalhar peixes maiores pois quando sujeita a um esforço considerável ela curva toda, sendo o esforço distribuído por todos os elementos - o efeito de mola da própria cana ajuda também a matar o peixe.

Acção semi parabólica: este tipo define-se pela curvatura dos 3 primeiros elementos quando sujeitos a um esforço considerável. São canas mais polivalentes, adaptando-se a todos os tipos de pesca, não comprometendo os resultados numa boa jornada de pesca. Este tipo de canas cumpre a sua função, quer a pescar em pesqueiros altos em que é preciso tirar peixe a prumo, quer nas pescas mais técnicas, em que precisamos de uma ferragem rápida e enérgica.

Acção de Ponteira: cana em que o primeiro elemento, a ponteira, é que trabalha - podemos dizer que as canas de acção de ponteira são canas mais técnicas, mais sensíveis, indicadas para aquelas pescas que é preciso rapidez quer na ferragem quer no matar do peixe e sua retirada da água.

Cast Weight: o Cast Weight, que na maioria das canas vem traduzido como acção, não é mais do que o intervalo de peso em gramas que a cana lança, tirando melhor rendimento no lançamento. Aqui existem 3 opções dependendo do tipo de pesca que fazemos. Existem canas com C.W. (Acção) baixo: por exemplo 6grs / 50grs que geralmente estão associadas a canas mais leves e sensíveis e com pouco poder de levantamento de peso. Também existem canas com C.W. elevado até 150grs e que são concebidas para pescas mais fortes nomeadamente para pesca em alta falésia, como é o caso de Sagres ou Cabo S. Vicente, em que são utilizados grandes e pesados peões. Geralmente canas com C.W elevado são sinónimo de canas fortes e robustas. Por fim existem as canas com um C.W. mais abrangente, 5grs / 100grs. Este tipo de canas tornam-se canas polivalentes permitindo pescar na maioria das condições encontradas.

Equilíbrio: é muito importante nas canas especialmente em canas superiores a 5mts. Para detectarmos se uma cana é equilibrada ou não estica-se a cana e pegamos nela junto ao porta carretos mantendo-a na horizontal. Se a tendência da cana for descair excessivamente para a frente, então estamos perante uma cana cabeçuda ou pendona. Neste momento devemos também sentir se a cana é pesada manejando-a alguns momentos. Em caso de grande desequilibro e/ou excessivamente pesada sentiremos na pele essa situação. Devemos também experimentar com um carreto semelhante ao que vamos utilizar na cana. O carreto serve também como contrabalanço podendo ajudar no equilíbrio da cana, mas também ajuda no aumento do peso que o braço tem de suportar.

Não é fácil encontrar uma cana que reuna todas as características que pretendemos e que seja também equilibrada. Para um compromisso leveza / robustez , recorre-se a materiais de melhor qualidade, logo também mais caros. Actualmente vivemos a moda das canas que levantam muito peso. Há quem anuncie 11 kgs de capacidade de levante. Para que isso aconteça é preciso reforçar a cana na sua totalidade, o que torna a cana muito pesada e naturalmente o maior peso está no ultimo elemento, junto á nossa mão, ou reforçá-la em algumas partes, nomeadamente no 2º e 3º elemento, tornando a cana pendona ou cabeçuda.

Devemos entender que a cana é uma extensão do nosso braço e que nos serve de ligação através da linha quer à bóia quer ao anzol. É algo comum aparecerem pescadores com inflamação dos tendões do cotovelo. Esta inflamação designa-se por Epicondilite ou Cotovelo de Tenista e deriva da repetição excessiva de movimentos sobre grande tensão dos músculos extensores do punho ou dos pronadores do antebraço. Em casos mais agudos, muitas das tarefas rotineiras do dia a dia ficam comprometidas, tais como lavar os dentes ou mesmo vestir. O tratamento pode chegar a ser cirúrgico, passando por acção medicamentosa e fisioterapêutica.

Materiais e equipamentos: Fibras e Carbonos

Sobre os materiais: as fibras e Carbonos utilizados na construção das canas são um mundo muito fechado, protegido pelas próprias marcas como segredos industriais. Às fibras de carbono são adicionados outros materiais de forma a aumentar a resistência e leveza. No entanto podemos ter presente que actualmente as canas na sua grande maioria são de fibras de carbono. É fácil constatar que as canas mais baratas, onde a espessura da parede dos elementos e a sua secção são maiores. Geralmente são feitas de fibras de carbono compósito ou fibras epoxy, resultando em canas são mais pesadas e geralmente mais macias.

Nas canas de melhor qualidade ou topo de gama , o Carbono utilizado é o Carbono Radial de alto módulo e Super Alto Módulo - as canas que utilizam este tipo de carbono são geralmente mais rijas e mais leves. Facilmente verificamos que as paredes e as secções dos elementos são menores.

Passadores e Porta Carretos: os passadores são compostos por 2 partes, sendo uma a estrutura que é fixada na cana e a outra o anel. A estrutura deve ser constituída por materiais ou ligas resistentes, leves e que não enferrugem.

O anel: são usados vários materiais designadas como cerâmicas. Estas devem ser duras e resistentes à abrasão provocada pela passagem constante da linha e ao mesmo tempo não lhe provocar danos.

Para as canas de bóia os passadores devem ser tipo monopata e de boa qualidade. Os passadores monopata são passadores mais leves e fáceis de substituir, ao contrário de outro tipo de passadores, em que, para serem substituídos, é necessário retirar todos os passadores dos restantes elementos.
Os porta carretos devem ser de elevada qualidade e feitos de materiais que não enferrujem. Também devem permitir uma boa fixação do carreto. Por vezes encontramos porta carretos subdimensionados, em que não é possível colocar um carreto maior.
A marca de passadores e porta carretos Fuji é normalmente a escolhida para bem equipar as canas com os seus materiais de qualidade. Geralmente as marcas que os utilizam encarregam-se de colocar bem visível essa informação. Naturalmente que uma cana equipada com componentes Fuji é uma mais valia mas também é mais cara. Existem outras marcas de passadores e porta carretos de qualidade, mas a Fuji é a marca de referência. Como em todos os materiais, existem diversas gamas, desde a económica ao topo de gama, podendo o preço de um conjunto atingir várias centenas de euros.

Assistência técnica: um ponto também a ter em conta é a assistência técnica. Não sendo regra que as marcas mais conhecidas tenham melhor assistência, penso que é preferível comprar uma cana das marcas mais populares à venda no nosso país do que uma marca sem grande representação. Fazer Stocks de peças sai dispendioso e mandar vir de fora demora tempo e sai caro. No entanto cada caso é um caso, pelo que a loja onde compramos o nosso material pode ajudar quanto a esta questão.

Grip ou Cabo anti derrapante: este é mais um pormenor que devemos ter em conta - a existência de um Grip ou cabo anti derrapante . Para quem isca e engoda com sardinha, sente muitas vezes que a cana e carreto ficam cobertos de gordura de sardinha, tornando-a escorregadia e um grip de borracha ou outro material ajuda neste aspecto. O ponto menos positivo é a sua limpeza.

Para as canas sem grip a grande vantagem é a sua limpeza. Este é um pormenor que fica ao critério de cada um. Se a cana escolhida não tiver um grip, existe para o mesmo efeito uma manga anti derrapante que pode ser colocada.

Factor económico: no nosso mercado existem marcas suficientes para que possamos fazer uma escolha de acordo com os nossos gostos e posses financeiras. Neste tempo de grandes dificuldades que atravessamos, a oportunidade de negócio é um factor a ter em conta. Por vezes existe material de colecções anteriores com grandes reduções no preço e nesta situação por vezes encontram-se topos de gama a preços de gama média da nova colecção. É uma oportunidade a considerar. Pergunte sempre na sua loja se existe material nestas condições ou se há alguma promoção. Eu tenho feito excelentes aquisições nestas condições.

Em síntese: a escolha de uma cana de bóia não é fácil devido às diversas características que podem ter, “mas o que é bom para mim pode não ser bom para vós” Trata-se de uma escolha muito pessoal. Uma boa cana deve ser rija, sensível, leve e resistente de acordo com o tipo de pesca praticado e adequada ao pesqueiro escolhido.

Texto: Rubenroche
Imagens: Katembe

sábado, 14 de novembro de 2009

Novo motor para o semi-rígido Katembe

Depois de muitas pescarias e muitas horas de trabalho, o motor Yamaha 50HP (2 tempos) que equipava o Katembe passou à história e foi substituído por um novo Honda PRO 30HP a 4 tempos.
O "velho" Yamaha nunca nos deu qualquer problema, embora tanto o consumo como o "ruído" fossem elevados.

O novo Honda

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Cruzamentos no Tejo (3)

Mais um cruzamento com o Katembe no Tejo:

Lancha rápida da GNR/Brigada Fiscal

* LVI 23 "ZAVIAL" [LX-71-EST]
Classe - Ribamar
Deslocamento - 15,2 t
Comprimento fora a fora - 16,4 m
Boca - 4,23 m
Calado - 0,86 m
Motorização- 2 motores MTU 12V 183 TE93
Propulsão - 2 hidrojactos de água Hamilton 391
Potência - 2 x 1150 HP
Velocidade de cruzeiro - 25 nós
Velocidade máxima - 49 nós
Tripulação - 6
Armamento: Lança granadas?


* LVI - Lancha de Vigilância e Intercepção. A GNR / Brigada Fiscal tem ao serviço 12 unidades LVI espalhadas por todo o território nacional. Todas as unidades desta classe possuem embarcações auxiliares para abordagem

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Uma tarde no Tejo

Uma boa tarde passada no Tejo com poucas capturas e um canelon partido...

Scorpion

Pinguinhas

LM

Ricky

Ricky, Pernes e o canelon que se foi...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Entrevista ao Presidente da ANPLED na RTP2

Entrevista de João Borges, presidente da ANPLED - Associação Nacional de Pescadores Lúdicos e Desportivos, no Programa Portugal da Terra ao Mar, na RTP2, no passado mês de Setembro.



segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Cruzamentos no Tejo (2)

Com o Farol do Bugio como fundo, o Katembe cruzou-se, no Estuário do Tejo, com o mais bonito navio da Marinha de Guerra Portuguesa, o NRP Sagres.


O navio foi construído em 1937/38 nos estaleiros de Blohm & Voss, de Hamburgo, e o seu nome original foi Albert Leo Schlageter, para a Marinha Alemã. Hoje existem, ainda no activo, mais três navios construídos com os mesmos planos (o Tovarich da armada da Ucrânia, o Eagle da Guarda Costeira dos E.U.A e o Mircea, da Marinha Romena).

Com o final da 2ª Guerra, o Albert Leo Schlageter foi capturado em 1945 pelas Forças Aliadas no porto de Bremerhaven ficando na posse dos E.U.A., país que em 1948 o vendeu ao Brasil, que o baptizou como Guanabara ao serviço da sua Marinha.

Foi em 1962 que Portugal comprou a embarcação ao Brasil, baptizando-a de Sagres, passando, desde então, a servir como Navio Escola da Marinha de Guerra Portuguesa.

Uma das suas características mais conhecidas são as cruzes de Cristo vermelhas que ostenta nas velas, símbolo da Ordem de Cristo, que eram usadas pelos navios portugueses do século XV.

Características:
Deslocamento: 1725 t (máx. 1869 t)
Comprimento: 89.5 m
Comprimento à linha de água: 70 m
Boca: 12 m
Pontal: 7.55 m Calado: 5.5 m
Altura do mastro: 45.1 m
Área vélica: 1935 m2
Motor Diesel: 1.000 CV
Velocidade: 9 nós

Guarnição:
9 Oficiais
17 Sargentos
113 Praças
63 Cadetes (51 masculinos e 12 femininos)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Trocar o barco pelo kayak?

A pesca em kayak, que em Portugal conta ainda com um reduzido número de praticantes, está amplamente difundida pelo mundo, nomeadamente nos Estados Unidos. onde conta com muitos entusiastas. Para além de um contacto mais directo com o meio ambiente, a pesca de kayak é um tipo de pesca embarcada não poluente, e tem ainda a vantagem de proporcionar aos seus praticantes um salutar exercício físico.

Pioneiro e um dos grandes impulsionadores da modalidade em Portugal, o companheiro Rui Carvalho, praticante das várias modalidades de pesca, trocou em 2004 o seu barco para se dedicar ao kayak fishing.

Aqui fica, na 1ª pessoa, a justificação para a troca:

"Tenho muitos anos de pesca embarcada, barco próprio e sei bem que o prazer de estar aos comandos de uma embarcação é indiscutível. No entanto, não podemos evitar a parte menos boa: o investimento, que é muito grande (carta, barco, atrelado, acessórios, manutenção, revisões, seguro, selo, gasolina); há sempre locais onde não podemos ir porque estamos limitados ou pela proximidade de um porto de abrigo ou pela carta e ainda os inevitáveis amigos interesseiros.
Antes de muitos saberem que vinha a caminho uma lei limitadora para a pesca lúdica vendi o meu barco e passei a pescar apenas de kayak. Será que cometi uma loucura? Vejamos as vantagens:
- o investimento inicial é ridículo (um máximo 1300 euros, para um kayak equipado, registado e pronto para a pesca);
- não é necessária carta de marinheiro, nem seguro, nem selo; não tem manutenção, não gasta gasolina e não polui;
- embora só se possa afastar até 1 milha da costa não se fica limitado por portos de abrigo;
- deixei de ter “amigos” interesseiros, passando a ter amigos verdadeiros;
- passei a pescar também em água doce (achigã) e pratico todos os tipos de pesca que fazia no barco;
- vou a locais a que nunca tinha ido (nem sequer poderia) com o barco, e ainda faço exercício físico;
- e acabo por viajar bastante para pescar de kayak, sempre acompanhado por bons amigos.
Resumindo, pescar de kayak é muito mais do que pescar simplesmente - é uma verdadeira, agradável, salutar e permanente aventura."
Rui Carvalho.


Fotos: Rui Carvalho

domingo, 27 de setembro de 2009

A pescaria de hoje

Mais uma saída no Katembe, hoje, no Tejo. Muitas safias e uma dúzia de polvos, todos capturados quando pescávamos com anzol, pois não utilizámos polveiras.

LM

Ricky

Um agradecimento ao skipper Tony e à equipa da embarcação Xanda (na foto),
por nos ter cedido algum isco, depois do nosso se ter esgotado.


Cruzamentos no Tejo


Hoje, no Tejo, cruzámo-nos com o NRP Baptista de Andrade (F486), uma corveta de concepção portuguesa, vocacionada para a detecção submarina, de superfície e aérea, bem como para missões de vigilância e escolta.

Construída nos Estaleiros Navais Bazan, em Espanha, está ao serviço desde desde 19 de Novembro de 1974.

Equipada com 2 Motores OEW Pielstick 12 Pc2.2 V 400 Diesel (12.000hp), tem 85m de comprimento, 10,3m de boca, 3,3m de calado, atinge uma velocidade máxima de 22 nós e a sua tripulação é constituída por 7 oficiais, 14 sargentos e 51 praças.

Armamento: 1 peça de 100mm Creusot-Loire e 2 peças Boffors de 40mm/70
Radares: 1 radar de navegação KH5000 Nucleus e 1 radar de navegação Racal Decca RM 316P

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Balta e Rudy - Pescaria ao peixe porco

Os companheiros Balta e Rudy fizeram uma pescaria ao peixe porco em Sesimbra, na embarcação Razatlab. Fica o registo do dia - um pequeno vídeo (feito c/ o telemóvel) e duas fotos.


Balta

Rudy

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

MOTO AVARIA NO MEIO DO TEJO

Mais uma vez o Katembe estava lá. Desta vez dois companheiros numa mota de água, que após avaria na mesma ficaram à deriva no meio do rio, foram rebocados pelo Katembe até à Doca de Paço d'Arcos. Tudo correu bem, o que é para nós um motivo de satisfação.

Os dois aventureiros (de colete amarelo) e a mota a reboque

Já na doca - tudo ok!

sábado, 5 de setembro de 2009

Espadarte branco em Faro

No passado dia 20 de Agosto, a cerca de 8 milhas de Faro, o nosso amigo Zé Custódio, a bordo da sua embarcação, capturou um espadarte branco (espadim branco) com cerca de 65 kgs, ao corrico, com linha de 40 lbs, que se bateu durante mais de uma hora.
O peixe não foi libertado pois chegou ao barco num estado em que já não tinha quaisquer hipóteses de sobrevivência.






ESPADARTE BRANCO ou ESPADIM BRANCO
Tetrapturus albidus Poey, 1860
O espadim branco é um peixe de grande porte quando adulto, normalmente solitário, que vive até aos 800 metros de profundidade, e pode atingir os 90 kgs e cerca de 3 metros de comprimento. Muito rápido (atinge velocidades próximas dos 60km/h) e agressivo, as sua presas naturais são peixes, cefalópes e moluscos. Pode, por vezes, ser visto a nadar à superfície, expondo a sua barbatana dorsal e a parte superior da cauda. É encontrado nos Oceanos Atlântico e Pacífico e também no Mar Mediterrâneo.
A sua pesca é feita exclusivamente ao corrico, tanto com iscas artificiais como com peixes vivos (atum, bonito, peixe voador) e é dos troféus mais cobiçados no Big Game.
A sua carne é utilizada na alimentação humana. É uma espécie em risco moderado de extinção: (41 em 100 - Cheung, W.W.L., T.J. Pitcher and D. Pauly 2005 A fuzzy logic expert system to estimate intrinsic extinction vulnerabilities of marine fishes to fishing Biol. Conserv. 124:97-111)

Em inglês: Atlantic white marlin

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

PARGO SÊMEA (pagrus auriga)

Na última saída na nossa embarcação em VN Milfontes capturámos dois exemplares de uma espécie que é rara por aqueles lados (o pargo sêmea ou pargo da rocha), uma espécie de pargo que ocorre mais vulgarmente na costa mediterrânica e na Madeira, e é muito abundante ao longo da costa africana. (ver a mensagem Pescarias em Vila Nova de Milfontes, de 18 Agosto de 2009).

Para mais detalhes clique na imagem sff

Pagrus auriga Valenciennes, 1843

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O Governo PS e a Lei da Pesca - Vídeo

Prémio Melhor Grande Reportagem na primeira edição do Grande Angular - Festival de Jornalismo Televisivo

Realização: Tiago Cravidão

Sucessivas leis têm vindo a privatizar o espaço público. Tenta-se proibir a pesca nos parques naturais, depois nas zonas costeiras, agora também em rios. Estas e outras leis são formas de privatização da propriedade, formas de expulsar as populações aí residentes, tirando-lhes os meios de subsistência para vender aquilo que era de todos – primeiro é um parque natural, uma reserva, depois passa para a gestão privada. Projectos turísticos e de agricultura intensiva estão previstos em toda a costa de Portugal, uns vendidos para resorts à filha do José Eduardo dos Santos ou ao Sousa Sintra, outros para marinas privadas. Já vedaram as Pedras d’el Rei para campos de golfe; deram entrada projectos para fazer o mesmo em Odeceixe, na foz do Alcoa na Nazaré, na Polvoeira… Do Minho a Sagres, como mostra o cartaz divulgado pelos movimentos. Um movimento de pescadores e outros cidadãos de todo o País está a lutar contra estas leis. A eles juntaram-se milhares de pessoas em todo o País que defendem o mar livre, são contra praias privadas e querem ter na costa um meio de lazer público. A Rubra junta-se a todos aqueles que de Norte a Sul dizem Mar Privado? Não, Obrigado! Fomos à Costa Vicentina e à Nazaré ouvir dezenas de testemunhos locais e fizemos um filme que mostra quem aí vive, como vive e todos os negócios escuros por trás de uma proibição de ir à pesca. Segue-se um debate/reunião aberta com representantes dos movimentos de pescadores e de cidadãos contra a privatização das praias e da orla costeira para o qual convidamos todos os indivíduos, movimentos e organizações.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Pescarias em VILA NOVA DE MILFONTES

Saímos (Jomar, LM e Chico) na nossa embarcação (I de Sines) neste fim de semana (tanto no sábado como no domingo) em VNM. Os dias estiveram agradáveis, sem vento, com muito calor mas pouco peixe.
Entre as safias, choupas, carapaus e alguns parguetes saíram dois pargos sêmeas que mereceram umas fotos, tanto pela sua raridade como pela sua beleza (um com cerca de 1 kg e o outro quase com 2 kgs).

O Chico na luta


Já cá está ! Um peixe lindo !


A navegar


Jomar

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A fiel companheira a bordo do Katembe

Não, não é uma imagem publicitária...
É a fiel companheira das pescarias de verão !!!

Ricky

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

As safias de 5 de Agosto

Hoje saímos com o Katembe da Doca do Bom Sucesso (Lisboa), logo de manhã, com apenas alguns pacotes de ganso para isco, pelo que foi mais um dia de safias e choupas, e meia dúzia de sargos legítimos pelo meio. Mais uma vez o vento a levantar da parte da tarde, após a preia-mar, aumentando também a ondulação.




domingo, 2 de agosto de 2009

Sábado 1º de Agosto no Tejo

Ontem, sábado, saímos de Paço d' Arcos às 9 da manhã. Maré a encher e chuva "molha tolos" até às 2 da tarde. Peixe???? Alcorrazes e charrocos... Depois parou a chuva e o vento aumentou, já com a água a correr com muita força (vazante) e foi a partir daí que apareceram os sargos e choupas, alguns de tamanho razoável!
Enfim, mais um dia bem, passado!!!

Ricky e as safias

O Katembe na lavagem