sexta-feira, 21 de agosto de 2009

PARGO SÊMEA (pagrus auriga)

Na última saída na nossa embarcação em VN Milfontes capturámos dois exemplares de uma espécie que é rara por aqueles lados (o pargo sêmea ou pargo da rocha), uma espécie de pargo que ocorre mais vulgarmente na costa mediterrânica e na Madeira, e é muito abundante ao longo da costa africana. (ver a mensagem Pescarias em Vila Nova de Milfontes, de 18 Agosto de 2009).

Para mais detalhes clique na imagem sff

Pagrus auriga Valenciennes, 1843

6 comentários:

  1. Nem o pargo-sêmea nem o rascasso são peixes venenosos. Os espinhos das suas barbatanas não estão ligados a qualquer glândula que secrete substâncias tóxicas. Lá que a picada é muito dolorosa, lá isso é...

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  2. Caro anónimo
    Desconheço se tem formação na área em questão (biologia marinha) - eu não a tenho!
    Mas quem escreveu a descrição no site do Oceanário de Lisboa foi um biólogo marinho. Eu poderia fornecer-lhe outras fontes com dados sobre o assunto que confirmam a descrição. Mas deixo apenas e a seguir a descrição do rascasso, publicada no site do referido Oceanário:

    Rascasso-vermelho (Scorpaena scrofa)
    » Início » Conservação » Vida Marinha » Espécies do Oceanário » Peixes » Peixes Ósseos » Rascasso-vermelho (Scorpaena scrofa)
    Nome: Rascasso-vermelho
    Nome Científico: Scorpaena scrofa (Linnaeus, 1758)
    Família: Scorpaenidae
    Grupo: Peixes Ósseos
    Classe: Peixes
    Tamanho: 26-50 cm.
    O rascasso-vermelho é um peixe solitário e de hábitos nocturnos, que passa o dia praticamente imóvel, disfarçado entre rochas e algas. À noite alimenta-se de outros peixes, crustáceos e moluscos, que não o detectam devido à sua camuflagem elaborada. Quando perturbado, ergue a barbatana dorsal, de modo a exibir os seus fortes e ameaçadores espinhos venenosos. Estes provocam ferimentos bastante dolorosos, mas que se aliviam ao imergir a zona afectada em água quente. Desta maneira, o veneno é alterado e deixa de fazer efeito.

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  3. Caro Katembe,

    Um espinho para ser venenoso tem que inocular na vítima uma substância nociva, geralmente neurotóxica. Ao contrário de outros scorpaeniformes, os espinhos do rascasso-vermelho (Scorpaena scrofa), não instilam qualquer substância com essas propriedades.

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  5. Caro anónimo
    Percebo perfeitamente a sua teoria, que faz algum sentido.
    No entanto, todos sabemos, nomeadamente aqueles que já foram picados (e eu já me piquei num rascasso), que as dores duram dias ou mesmo semanas, com inchaço e outros sintomas desconfortáveis. Se fosse uma mera picada, donde resultasse apenas o ferimento, não haveria as consequências descritas.
    Se os espinhos estão ligados a alguma bolsa de veneno (caso do peixe aranha) ou não, é completamente irrelevante, pois a verdade é que alguma substância existe que provoca aqueles sintomas. No caso do pargo sêmea os sintomas são similares, o que não acontece nas picadas das barbatanas de outras espécies, pelo que alguma coisa haverá. Uma vez que parece ser bom conhecedor do assunto, agradeço desde já uma explicação que justifique os sintomas das picadas das barbatanas do rascasso, não havendo necessidade de insistir no que já disse: "Os espinhos das suas barbatanas não estão ligados a qualquer glândula que secrete substâncias tóxicas."
    Assim, todos ficaríamos esclarecidos.
    Aproveito para lhe sugerir que a sua explicação se estenda aos responsáveis do Oceanário de Lisboa pois, a crer na sua teoria, a descrição do rascasso ali apresentada enferma do mesmo erro.
    Pode vê-la em http://www.oceanario.pt/cms/351/
    Já agora, e aproveitando a embalagem, sugiro ainda o alargamento da sua explicação aos responsáveis pelo site FISHBASE ORG que insistem também em classificar o rascasso como um peixe venenoso (veja em http://www.fishbase.org/Summary/SpeciesSummary.php?id=1759 )
    Threat to humans: Venomous (o significado de venomous é venenoso, peçonhento, virulento, etc etc...)

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  6. Caro Katembe,

    O facto dos espinhos estarem ou não ligados a uma bolsa de veneno não é irrelevante. Se estiverem, podemos apropriadamente apelidá-los de venenosos. Caso contrário, não me parece legítima a designação.

    O que se passa é que os espinhos das barbatanas do rascasso e do pargo-sêmola penetram mais profundamente na pele do que os de outros peixes. O efeito da picada é mais traumatizante para os tecidos. Além disso, verifica-se por vezes a introdução de microrganismos responsáveis pelo desencadear de uma resposta inflamatória com o respectivo cortejo de sintomas: rubor, calor, tumor (inchaço) e dor. Isto explica a persistência dos sintomas que referiu.

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