Pescar é enfrentar saudáveis desafios, é fazer amizades, é conhecer novos lugares e abrir novos horizontes. É conviver com a natureza. É ser companheiro.

domingo, 27 de outubro de 2013

CURIOSIDADES - AS TREMELGAS

OS TORPEDINIDEOS
Ordem: Torpediniformes
Família: Torpedinidae
Género: Torpedo
Espécie: T. torpedo
Nomes-comuns:  Torpedo, tremedeira, treme-mão ou tremelga


Algumas espécies de raias têm a capacidade de produzir electricidade que pode provocar choques violentos, de cerca de 200 volts,  durante ataques às suas presas ou em situações de perigo / auto-defesa.  São conhecidas por tremelgas e são comuns na costa portuguesa, nomeadamente na costa Mediterrânea.

O aparelho eléctrico destes animais é composto por cerca de 3 milhões de células equiparadas a pequenas pilhas eléctricas independentes. As descargas são sempre feitas na vertical, sendo o positivo na parte superior do dorso e o negativo na parte inferior - o que quer dizer que, para se sentir o choque, terá de se fechar o circuito, isto é, tocar no animal em pontos diferentes, na parte de cima e na parte de baixo ao mesmo tempo.



As tremelgas não atingem tamanhos relevantes, não ultrapassando, em regra, os 60 cm de comprimento. Encontram-se geralmente meio enterradas na areia ou no lodo de fundos até aos 180 metros, têm um corpo arredondado, uma pele lisa e nua e cauda curta, sendo muito raro encontrá-las perto da superfície. São essencialmente carnívoras, alimentando-se de moluscos, vermes, crustáceos e, ocasionalmente, de peixes mais pequenos. O pequeno tamanho da boca e a sua posição na parte inferior do corpo dificulta a captura de peixes, pois têm necessidade de se colocar por cima das presas para que as possam comer.

É utilizada para a alimentação humana, e foi usada na medicina pelos antigos Romanos e Gregos para tratamento de dores musculares devido às suas propriedades eléctricas. Nos séculos XVIII e XIX usavam o óleo de fígado de tremelga como combustível para iluminação.

Foto: Blogue o Fogão do Kuka


É conhecida em algumas zonas do Algarve por "galinha do mar" porque as suas barbatanas fazem lembrar asas de galinha, devido ao seu feitio. Apesar do seu aspecto estranho, a sua carne tem um sabor delicado e é um excelente peixe para a confecção de caldeiradas.

domingo, 6 de outubro de 2013

Pesca de kayak

Mais um excelente vídeo do amigo Rui Carvalho, um especialista neste tipo de pesca. 

Para além de pescador, o Rui vende os melhores kayaks do mercado e todo o tipo de material relacionado e ainda trata da documentação necessária.



Lula gigante encontrada em Espanha

No passado dia 1 de Outubro, na praia de "La Arena", na cidade de Pechón (Cantábria), deu à costa o cadáver de uma lula gigante fêmea (Architeuthis spp), arrastado pelas corrente marítimas, com 180 kgs e mais de 10 metros de comprimento - cada olho do animal tinha um diâmetro de cerca de 25 cm e cada ventosa mais de 5 cm de diâmetro.




Estes animais, pouco conhecidos e muito pouco estudados, vivem a grandes profundidades nos oceanos (mais de 1.000 metros), um pouco por todo mundo, e chegar aos 15 m de comprimento. O único predador que se lhes conhece é o cachalote. 



Júlio Verne, na sua obra "Vinte mil léguas submarinas" escrita em 1870, já fazia referência a estes monstros marinhos.

Aqui em Portugal, neste Verão, no passado dia 18 de Julho de 2013, o pescador Eduardo Pinto, de 50 anos, mais conhecido em Sesimbra por ‘mestre Xixa', lançou as redes ao mar, de madrugada, para apanhar pescadas e sargos, mas não imaginava que viesse também à rede uma lula gigante de 6,5 metros de comprimento e 50 kgs de peso, a maior que já se viu em Sesimbra, garantem. Para colocar a lula no barco (de 5 metros), ‘mestre Xixa' teve primeiro de cortar-lhe a cabeça, porque não cabia inteira na embarcação. O molusco foi apanhado a 500 m de distância da costa.

A lula gigante atraiu muitos curiosos ao porto de abrigo de Sesimbra, que não quiseram perder a oportunidade de registar o acontecimento, através de vídeo e fotografia.

O canhão de Setúbal, que está perto da costa, pode explicar o aparecimento destes animais. Não é um acontecimento novo, mas é raro. As lulas podem estar doentes ou feridas, devido às redes de pesca, e andarem à deriva para mais próximo da costa.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Um peixe bastante perigoso (papa tintins)

Um pacu, um peixe originário da América do Sul, parente das piranhas, com dentes poderosos preparados para partir nozes e frutos duros, foi pescado no lago Oresund, na Suécia, levando a que as autoridades emitissem avisos muito sérios, alertando para que as pessoas do sexo masculino passem a ter muito cuidado nos banhos no lago, resguardando sempre as suas partes íntimas, e que nunca, mas mesmo nunca, tomem banho sem os respectivos calções.



Os pacus são conhecidos por ataques às partes íntimas dos banhistas do sexo masculino, com dentadas poderosas que podem arrancar ou esmagar as mesmas, havendo vários relatos de acidentes em alguns locais do mundo, nomeadamente no Brasil e na Nova Guiné.



As autoridades suecas desconhecem como apareceram os pacus no lago, acreditando tratar-se de alguém que os tinha em aquários que os tenha solto no lago.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

RUIXÓ - Um ferro (âncora) revolucionário

RUIXÓ

Ocean Blue



Uma empresa espanhola iniciou a comercialização de um ferro para embarcações de recreio que, segundo afirma, nunca ficará preso no fundo, sendo sempre recuperável. Trata-se de um sistema aparentemente simples, com borrachas que fazem toda a diferença.

O sistema de borrachas, cujo número aumenta consoante a corrente e o tamanho do barco, permite que, para se levantar o ferro, se prenda o respectivo cabo à embarcação  e...marcha avante. O sistema automático faz com que as puas se abram (num ângulo de 170 graus) soltando o ferro, que depois de solto volta à posição original, permitindo que, por exemplo, se possa mudar de pesqueiro sem necessidade de o levantar do fundo.

 Veja o vídeo com as explicações






sábado, 27 de julho de 2013

Finalmente publicadas as alterações à Lei da pesca


A legislação com as alterações à Lei que regulamenta a pesca lúdica em Portugal foi finalmente publicada no DR de 25 de Julho p. p., e entrará em vigor dois meses após a respectiva publicação,  tornando-se menos restritiva, na sequência de uma proposta de um grupo de trabalho criado pelo Governo, que integrou várias comissões de pescadores. 

Uma das alterações foi o fim das licenças de pesca local apeada nos moldes actuais (era emitida para a área de uma só capitania e limítrofes, com um preço de 6 euros ano), que foram  substituídas por apenas uma licença de pesca apeada válida para todo o território nacional, sendo o valor alterado para 8 euros /ano.

Também o valor das coimas actuais foi alterado para cerca de metade, uma vez que foi reconhecido o seu exagero. (a falta de licença  de pesca implicava, na anterior  legislação, coimas entre os 500 e os 3.740 euros).
 


quinta-feira, 4 de julho de 2013

Fly Fishing no Douro

Outro excelente vídeo do amigo João Pinto (sheofish) - Fórum katembe

Fly fishing Douro 23-6-2013 

sábado, 22 de junho de 2013

ALTERAÇÕES À LEI QUE REGULAMENTA A PESCA


Conforme anunciámos em Outubro passado, a legislação que regulamenta a pesca lúdica em Portugal vai sofrer alterações substanciais, tornando-se menos restritiva, na sequência de uma proposta de um grupo de trabalho criado pelo Governo, que integra várias comissões de pescadores. 

Está previsto que, após vários atrasos, as alterações à legislação sejam aprovadas na próxima terça-feira, dia 25 de Junho.

Uma das alterações será o fim das licenças de pesca local apeada nos moldes actuais (é emitida para a área de uma só capitania e limítrofes, com um preço de 6 euros ano), que serão substituídas por apenas uma licença de pesca apeada válida para todo o território nacional, sendo o valor alterado para 8 euros / ano.

Também o valor das coimas actuais deverá ser alterado para cerca de metade, uma vez que foi reconhecido o seu exagero. (a falta de licença  de pesca implica, na legislação em vigor, coimas entre os 500 e os 3.740 euros).

No PSACV – Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, onde apenas os residentes podem proceder à apanha de marisco, e onde também é proibido pescar às quartas-feiras, a proposta contempla o fim destas discriminações, bem como o fim do defeso do sargo.

O Katembe saúda estas alterações, que pretendem corrigir algumas verdadeiras barbaridades herdadas do anterior Governo, e que motivaram, na altura, várias manifestações de pescadores, desagradados com as medidas aprovadas.

Ainda que se desconheçam neste momento todas as alterações propostas, estamos convictos de que muita coisa que necessita de ser alterada ficará ainda na Lei,  pois esta legislação afecta de forma injusta os cerca de 200 mil pescadores lúdicos portugueses.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Katembe - video de Junho de 2013

Grandes corvinas

Rui Carvalho, um amigo e excelente pescador,
em mais uma bela pescaria em kayak.
 

terça-feira, 11 de junho de 2013

OS CARRETOS ABU GARCIA



Os carretos Abu Garcia, de origem sueca, são fabricados nos Estados Unidos desde 1950 (THE GARCIA CORPORATION USA). Criada em 1921 -  (A B Urfabriken), era, originalmente, uma fábrica de relógios. telefones e táximetros, tendo-se iniciado no fabrico de artigos de pesca em 1947. Entre 1979 e 1980 associou-se à empresa francesa Mitchel - (Abu Garcia. Mitchell S.A) mas voltou a seguir o seu caminho sozinha.

A engenharia de precisão utilizada no fabrico dos seus carretos garante grande suavidade no funcionamento, potência, fiabilidade e ainda uma reconhecida durabilidade. Também a sua ergonomia e excepcional qualidade das bobines são bem conhecidas dos pescadores. Dizem os apreciadores que não há Shimanos, Daiwas nem Okumas que se lhes comparem...

Os carretos da marca mais raros e antigos valem hoje, para coleccionadores, milhares de euros.



 

terça-feira, 28 de maio de 2013

Os peixes sentem dor?

Este tema foi sempre alvo de controvérsias. Sendo aceite que a sensação de dor é uma das condições indispensáveis para a sobrevivência de uma espécie, segundo a opinião dos biólogos, os "defensores dos animais", que também comem carne e peixe, sempre usaram o argumento da "dor provocada pelos pescadores aos peixes" na pesca lúdica ou desportiva, para condenarem esta prática.

Certo é que o conceito de dor nos humanos e em todos os mamíferos, que têm uma área especializada do cérebro e terminais nervosos que servem unicamente para a transmissão da dor, não pode, de modo nenhum, ser comparável ao dos restantes seres vivos. Veja-se, por exemplo, uma largartixa à qual se corta a cauda, um insecto a que se arranca a cabeça ou as patas e cuja reacção é de defesa ou fuga, reacções que são uma resposta fisiológica natural a uma situação ameaçadora, segundo os neurobiologistas, pela ausência de terminais nervosos suficientes para transmitirem dor ou sofrimento.



Bem, há também quem acredite que apenas os seres com alma têm a capacidade de sentir tanto a dor física como todo o outro tipo de dores, incluindo os mamíferos nos seres com alma, mas isto são outras discussões...

Um estudo levado a cabo por cientistas da Universidade de Wisconsin (EUA) e publicado no jornal científico Fish and Fisheries acaba de concluir, de forma categórica, que os peixes são incapazes de sentir dor, mesmo quando fisgados com anzol e submetidos a lutas prolongadas com o pescador. De acordo com o referido estudo, quando um peixe se debate após ser fisgado, está apenas a reagir de forma mecânica e inconsciente, sem sofrer qualquer tipo de dor.




Foram efectuadas experiências durante as quais se inseriram agulhas com veneno de abelha e ácido em espécimes de truta arco-íris e, apesar de terem sido injectadas grandes quantidades destas substâncias,  que causariam dores horríveis a seres humanos, as trutas não mostraram qualquer sensação, pelo que é altamente improvável que um peixe possa sentir dor, segundo Jim Rose, professor de zoologia e biologia da instituição, que coordenou o estudo.

Apesar das conclusões deste estudo. os seus responsáveis apelaram aos pescadores para que os peixes sejam tratados com respeito.

Os peixes e todos os animais, acrescento eu.