Pescar é enfrentar saudáveis desafios, é fazer amizades, é conhecer novos lugares e abrir novos horizontes. É conviver com a natureza. É ser companheiro.

quinta-feira, 24 de março de 2011

O Robalo do Zeca


Chegados mais a Norte, eu e o Nuno Xavier e o Gonçalo (Favais), o cenário era este... só dava pessoal de cú para o ar, na apanha ou do famoso bivalve (mexilhão) ou na apanha da famosa e não menos gostosa Percebe... Eram homens, mulheres e crianças... sacos de serapilheira cheios, na areia á espera de transporte para as respectivas viaturas... emfim... era um fartote...

Embuídos deste espírito, o Nuno e o Gonçalo decidiram fazer o mesmo, e nem as canas armaram...eu, na minha fé inabalavél, agarro na cana e, vamos lá então, que me cheira que aqui sim, é que vai ser...

Comecei por colocar uma amostra com as cores da cavala... nada. Troco pela noiva pois se os gajos não queriam o noivo, a branquinha poderia ser mais atrativa, insisti e voltei a insistir, pois o espumeiro estava cada vez mais generoso... e nada, nadinha. Estava quase a desistir, pois a maré tinha já subido um bom pedaço e os dois compinchas já não conseguiam chegar ao marisco, e já estavam a reunir-se nas minhas costas para abalar-mos... Estava nesta situação quando o Nuno diz, “bota uma zagaia, que com este sol, brilha muito...”, ao que eu disse “ fonix, ainda não me tinha lembrado dessas, não tenho as verdes, mas se a intenção é o brilho, tenho aqui as azuis...”

Sem nada a perder, troquei da noiva para a zagaia e lá faço um lançamento... o resultado era o mesmo, a não ser ter tocado ligeiramente numa pedra, que por ali “andava”. Ao segundo lançamento, “rigth on the money” (estava mesmo no local certo) pensei eu... deixo a zagaia tocar no fundo, e começo uma recolha mais lenta com uma ou outra pausa pelo meio... A cerca de 30 metros sinto um toque... páro... inicio nova recolha e “TAAAAUUUUU” senti-lhe o peso... “éhh lá”.. começa a correr a cana a dobrar e a linha a sair... o Nuno não cabia em si... saltava de pedra para pedra... “viste...viste???” , o bicho deu mais três cabeçadas, mas rendeu-se de seguida... custou trazê-lo pois a zona era de pedra e o mar estava a bater com uma força razoável... chegado ao local combinado, já lá estava o Nuno com o grip pronto... e foi só içá-lo !!!

Macho.
Mediu 63cm.
Pesou 2,7Kg

Ficha técnica
Cana: Sakura Rookie 2,92m
Carreto: Daiwa Luvias 3000
Multi: Berkley Fireline Cristal 0,10mm
Shock Leader: Seaguar Ace 0,37mm
Clip: Hiro Snap nº2
Amostra: Zagaia Artesanal


Obrigado ao Cabé, Vasco, Gonçalo, e em especial ao Nuno Xavier.

Texto: Zeca Santos - Fotos: Nuno Xavier

segunda-feira, 14 de março de 2011

O pargo do Jomar

Ontem, domingo, o Jomar tirou este bonito pargo com 5,3 kgs ao largo de Vila Nova de Milfontes.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O fim da Revista "O Pescador"

Infelizmente para todos os pescadores portugueses e para a pesca lúdica e desportiva em Portugal, que assim fica mais pobre, a Joeli Publishing decidiu encerrar quatro das revistas que vinha publicando no nosso País, entre elas a Revista mensal "O Pescador", invocando "fraca circulação " e "fraca publicidade".

Elisabeth Barnard, fundadora da editora, confirmou a suspensão dos títulos Com’Out, O Pescador, Portugal Dive e Mundo das Plantas & Jardinagem.



O Katembe deixa aqui um abraço de solidariedade ao amigo Dinis Ermida, o seu Director.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

1ª Feira de Pesca de Setúbal

Vai realizar-se nos próximos dias 1, 2 e 3 de Abril de 2011 no Parque Urbano de Albarquel a 1ª Feira de Pesca de Setúbal a 1ª Feira de Pesca de Setúbal

Organização: Câmara Municipal de Setúbal
Enquadramento: 9ºs Jogos do Sado

Parcerias
Clubes Parceiros Locais:
Clube “Os Amarelos”: Apoio à organização
Clube Companhia dos Mares: Organização do Campeonato Nacional da 3ª. Divisão de Pesca Embarcada de Alto Mar.
Clube de Amadores de Pesca de Setúbal (CAPS): Organização do Grande Prémio de Setúbal de Pesca à Bóia.

Lojas Parceiros Locais:
Casa Pita
Companhia das Marés
Custom by 7EVEN
Outros Parceiros:
Tribo Fishyak
Kayak Fishing Fórum

Para inscrições ou mais informações por favor contactem Ernesto Lima - Telefone 963579132

domingo, 23 de janeiro de 2011

Pescaria de hoje, 23 de Janeiro

A remar contra a Maré, e contra todas as "previsões", tivemos uma jornada maravilhosa!!! Desde a nossa chegada às 05.30h da matina, até ás 11.00h, passámos por tudo, desde o puro prazer de pescar, galhofa, camaradagem, até safar a grade com um belo exemplar (Xavier-Jerbey), e a degustação dos bons e deliciosos enchidos e deliciosos néctars. Só me resta agradecer a este Povo que, sempre em nome do KATEMBE, sabe divertir-se e viver em Paz e Harmonia com o MAR. Grande Abraço .
Cabé

É verdade... hoje fui muito feliz, mas não mais do que se tivesse sido outro a tirar o Peixe. Provou-se mais uma vez a minha paixão por este pesqueiro, que tantas vezes tento "impingir" aos meus amigos. Quem lá esteve, viu que antes do meu saiu um Robalo bem maior. Insistam mais vezes por aqui e vão ver como me fazem feliz. Quanto mais não seja, por vos ter por perto.
Xavier (Jerbey)


Paulo Moreira

A equipa
Texto: Cabé e Xavier
Fotos: Costa

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Bóia de arinque

A âncora (ferro) de uma embarcação, para além de ser utilizada para fundear num determinado local, para se pescar, tomar uns banhos ou simplesmente para uns momentos de descanso, é uma peça fundamental para situações de emergência, nomeadamente nos casos de avaria do motor, evitando que se fique à deriva ou que se seja arrastado para situações muito perigosas. A existência de dois ferros disponíveis e em boas condições a bordo é sempre recomendável, por razões evidentes.
Tipos de âncoras

Para que o ferro se mantenha numa posição ideal, de modo a que se enterre facilmente, deverá estar ligado a uma corrente, normalmente de tamanho nunca inferior ao comprimento da embarcação, que, com o seu peso, o obriga a permanecer deitado, proporcionando ainda um efeito de amortecedor que minimiza os movimentos provocados pela agitação das águas.


Na manobra de fundear, o ferro nunca deve ser atirado mas sim descido até tocar o fundo, soltando-se depois a amarra, devagar, de modo a facilitar o unhar no fundo. A descida do ferro deve ser sempre feita à proa da embarcação por um tripulante, evitando-se que seja quem está a manobrar o barco e tendo-se atenção a que não haja qualquer entrave ao desenrolar do cabo.

Atenção ao soltar a amarra


Com bom tempo e um fundo normal deve largar-se 3 a 5 vezes mais cabo que a profundidade no local (com a maré em preia-mar) – com mar mais “rijo” aumenta-se para 5 a 7 vezes.
Depois de fundeado e o cabo amarrado ao cunho, deve ter-se atenção, através de referências fixas na costa, se o barco garra (descai), para que não ocorram situações desagradáveis e perigosas.



A bóia de Arinque, também conhecida por balão ou bolona, para além de assinalar o local onde está o ferro, evita a perda de âncoras. Trata-se de um 2º cabo (cabo do arinque) que é preso à cruz da âncora, ao contrário do cabo principal que é preso ao olhal da sua haste. Na extremidade do cabo do arinque é colocada uma bóia, que marca a sua posição. Desta forma, sempre que não se consegue recolher o ferro com o cabo principal, utiliza-se o cabo do arinque, o que, na maioria das vezes, resolve o problema do ferro preso. O comprimento do cabo do arinque deve ser sempre um pouco superior à profundidade do local de fundeio (1 + 1/3).

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O Danidio

Estivemos no passado fim de semana no Danidio, embarcação do Jomar, para ver como estava depois de algumas semanas de chuva e vento, no Portinho do Canal, em Vila Nova de Milfontes, onde se encontra ancorado. Motores a trabalhar, algumas limpezas e a confirmação de que tudo estava ok.

O Danidio é um barco da marca Sessa mod. Fishing Line, com um motor Mariner a 4 tempos de 115 cavalos e um motor auxiliar Mercury de 9,9 cv.











O Robalo do Ricardo

Numa destas noites, no Tejo, o Ricardo teve uma boa surpresa, ao ferrar um robalo com mais de 5 kgs. Clique na imagem para saber tudo.

domingo, 26 de dezembro de 2010

O novo Katembe I

O semi-rígido Katembe foi substituído por uma nova embarcação, o Katembe I.
Clique na imagem para mais pormenores.


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Pescaria de Natal - Katembe

A malta do Norte do Fórum Katembe organizou uma pescaria de Natal, na Póvoa do Varzim / Vila do Conde, aqui documentada pelo António Costa, autor das fotos e do vídeo. Isto é gente 5 estrelas !!! Obrigado.

Conhecer o sargo !

Ao longo da nossa vida de pescadores, vamos criando um nível de exigência diferente, à medida que vamos aprendendo e melhorando, seja através dos outros, ou até de nós próprios, através das experiências pessoais. Se quando comecei a pescar em miúdo, até me contentava com um bodião e fazia uma festa quando apanhava um boga, quando finalmente descobri as simpáticas safias comecei a dedicar-me a elas. Ao longo dos anos, as perfomances foram melhorando, até que apanhar safias se tornou muito fácil, e, por isso, pouco aliciante. Os grandes sargos de que ouvia falar e cheguei a ver apanhar continuavam a não aparecer... porquê? Bem, por vezes apareciam... mas para cada 5 safias, aparecia um sargo, e muito raramente com tamanhos acima da barreira psicológica do meio quilo. Pois bem, este Verão decidi tirar isso a limpo. Apanhar 20 ou 30 safias a rondar as 250 gsr já me dizia pouco. E assim, no passado Verão fiz boas pescarias de Sargos, dias em os sargos foram bem mais que as safias, algo que antes era impensável…e sargos a rondar o quilo começaram a aparecer... como? O que mudei na minha forma de pescar? Qual o segredo para passar de uma caldeirada de safias para um boa teca de sargos com algumas safias à mistura?

Em primeiro lugar, compreendi finalmente como o sargo se comporta... os seu locais preferidos. Anteriormente limitava-me muito a poças fundas, muitas vezes ricas em safias. Os sargos também lá vão, mas nesses locais as safias estão sempre em muito maior quantidade; ao contrário da safia, o sargo não é esquisito em relação à profundidade - apanhei sargos grandes em locais com meio metro de água, locais que ficavam praticamente a seco quando a onda recuava, e enchiam depois novamente. Ou seja, o sargo aproveita a força da enchente para arrancar o marisco (mexilhões, perceves, etc) e vão depois no recuo das águas. Vi apanhar peixe numa poça assim! Lajes de pedra compridas que só ficam submersas na maré cheia, os sargos adoram se lá tiverem comida. Vi rochas deste tipo completamente roídas pelos sargos! Como se vê, muitas vezes os sargos aparecem nos locais mais inesperados - um pequeno buraco é a melhor aposta, mesmo que ao lado esteja um fundão com mais de 3 metros! As escolhas fazem toda a diferença, eles podem estar mesmo ali e nem darmos por eles...

Em segundo lugar, o isco. O camarão, é um bom isco e bastante versátil. Capaz de chamar bons sargos, sem dúvida, mas o que é certo é que quando comecei a apanhar mexilhão e usá-lo como isco, o nível de capturas de qualidade aumentou de forma notória! Mexilhão, carangueijo são os iscos mais naturais que se pode dar ao sargo. A tiagem também dá muito bons resultados, e a sardinha é muito boa para se apanharem sargos grandes, mas só quando estão a pegar nela, pois há períodos em que nem lhe tocam!
Tenho a impressão de que os sargos mais pequenos gostam mais do camarão!

Tiagem: numa praia da zona de Aljezur, uma zona rochosa com muita alga verde e gretas com alguma areia, suficiente para haver ali muita tiagem, pesquei por lá durante 3/4 dias seguidos, na enchente, pois os sargos ali se juntavam... e só pegavam na tiagem. Aqueles que capturámos tinham a barriga verde das algas que engoliam para abocanharem a tiagem fixa às mesmas.

Já a bicha da pedra, é um isco extraordinário para safias - ficam completamente malucas.

Relativamente ao estado do mar, nunca notei haver um padrão bem definido, pois já capturei sargos e também já gradei com diversos tipos de mar.

Sei que não pode estar muito manso (inferior a 1m). Se estiver muito mexido (a partir de 3/4 m), as melhores opções, na minha opinião, são os recantos mais protegidos, onde a corrente provocada pelas levadias seja menos forte. Sem ter ainda qualquer explicação para o facto, nunca me dei muito bem em dias de nortada, normalmente pródigos em picadas de peixe miúdo e pouco mais...

Está mais que provado que não são necessários lançamentos de 100m para se capturarem bons Sargos. Gostam de se alimentar junto às rochas, refugiando-se em pequenos buracos, muitas vezes tão pequenos que ninguém imaginaria estar ali um sargo, como também gostam dum fundo rochoso, entre a praia e um banco de areia.

A minha técnica? A chumbadinha, que considero muito eficaz, pois permite explorar os tais buracos pequenos que podem esconder uma boa surpresa!


Jorge Ponte